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Shopping Praça da Moça, em Diadema, enfrenta ações judiciais
Alexandre Melo
Cibele Gandolpho
27/01/2010 | 07:00
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Oito meses após sua inauguração, o Shopping Praça da Moça, em Diadema, enfrenta problemas financeiros e judiciais. Com público ainda pequeno, fator que preocupa alguns lojistas, o empreendimento enfrenta na Justiça, pelo menos, sete processos de fornecedores que não receberam pelos serviços realizados na construção. O Diário teve acesso às ações, que juntas somam cerca de R$ 1,2 milhão.

O maior processo, movido por uma empresa especializada em revestimentos, cobra o pagamento de mais de R$ 500 mil. Outra pede a falência do condomínio por dívida de R$ 56.613 a uma empresa distribuidora de água de São Paulo.

O empresário Michel Alberto Silva Carneiro, dono da empresa de transportes de água que pediu a falência do shopping, diz que tentou por várias vezes receber o valor, mas que o último pagamento foi em abril do ano passado. "Tive uma conversa com eles e me disseram que eu deveria continuar fornecendo meus serviços após a conclusão da obra. Por conta disso, até comprei mais um caminhão. Como não recebemos nada, tive de devolver o veículo porque não conseguimos pagar", conta Carneiro.

Contratada para executar obras de acabamento do empreendimento, a andreense Ciamon Revestimentos espera decisão da Justiça para receber R$ 517,1 mil de serviços prestados. De acordo com o diretor Edvar Prates Lajarim, a quantia está pendente desde maio do ano passado. "O serviço foi aprovado pela construtora e pelos investidores. A única justificativa da administradora do shopping que tenho é que estão fazendo um levantamento dos gastos para depois pagarem os fornecedores da obras", diz.

RESPOSTA - Por meio de nota, o Shopping Praça da Moça confirma que "está discutindo na Justiça alguns débitos referentes à obra, em razão do empreendedor estar em fase de conclusão de uma auditoria das contas apresentadas durante a construção. Para tanto, contratou uma empresa de renome internacional para realizar a auditoria."

"Quanto ao pedido de falência, o shopping informou que ainda não foi notificado e reforça que estes débitos em nada têm haver com o condomínio de lojistas", diz a nota.




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