O governador disse que no encontro, considerado informal, discutiu com os ministros a necessidade de se fazer as reformas. “São mudanças importantes para São Paulo e para o Brasil”, disse. Alckmin afirmou ainda que seu partido terá uma postura coerente em relação às mudanças propostas para a Previdência.
Para Dirceu, as reformas são imprescindíveis, urgentes e necessárias. “Tudo que pudermos fazer no primeiro semestre vai ajudar o país”, afirmou o ministro. “As dificuldades são muitas, porque o cenário internacional não ajuda, por causa da possibilidade de início de uma guerra, e o Congresso Nacional tem pela frente uma oportunidade de, com os governadores, os prefeitos, os partidos políticos e o Executivo, sob a direção do presidente Lula, tomar uma série de decisões ainda no primeiro semestre.”
O ministro da Casa Civil disse que o encontro de domingo foi uma visita política, pois o governo precisa de consenso na bancada paulista, considerada uma das mais importantes no Congresso. Questionado sobre a possibilidade de o encontro ter resultado no apoio de Alckmin, Dirceu respondeu que o governador tem deixado claro para o país o interesse comum em se fazer as reformas.
Palocci também ressaltou a importância de se aprovar as reformas ainda neste ano, mas, para isso, será necessário um consenso mínimo. “As mudanças são importantes para o país como um todo, inclusive todos os governadores estão tratando desse tema, porque os Estados têm interesses do ponto de vista social, econômico e de contas públicas”, afirmou.
Reivindicação – Além de discutir as questões políticas que envolvem a realização das reformas, o governador conversou com os ministros sobre temas que envolvem o Estado e que dependem da liberação de recursos do governo federal, como transportes. Alckmin reivindicou a participação da União para a conclusão de duas pontes que ligam São Paulo a Mato Grosso do Sul.
Segundo o governador, uma das pontes que passa sobre o rio Paraná e une os municípios de Panorama (SP) e Brasilândia (MS) está sendo construída com recursos do Estado e da União. A obra está com 75% dos trabalhos concluídos e depende de R$ 26 milhões do governo federal para ser finalizada. A outra ponte já tem mais de 50 anos e está apresentando alguns problemas.
Sobre o transporte ferroviário, foi discutida a necessidade de se criar um ferroanel para separar os trens de carga dos trens que transportam pessoas. As definições que devem ocorrer no setor elétrico e as dificuldades das empresas na área de energia também foram discutidas no encontro de domingo.
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