Cerca de mil policiais, armados com rifles, circulam pela cidade do Caribe colombiano, onde os chanceleres do Grupo do Rio participaram nesta quarta-feira da reuniao preparatória do encontro de presidentes. Os policiais, cuja presença ostensiva nao parece perturbar os moradores, contam também com o apoio de um grupo de assalto, detetives e equipes de segurança das próprias delegaçoes.

Mas a maior novidade do esquema de segurança de Cartagena é um robô, capaz de detectar e desativar artefatos explosivos sem pôr em risco as vidas dos policiais. Além do robô, munido de braços elétricos extremamente precisos e sensíveis, o esquadrao anti-bombas tem também 20 caes adestrados.

A organizaçao do evento mobilizou também uma equipe de elite com 200 homens, 36 carros blindados trazidos de Bogotá e uma esquadrilha de helicópteros com detectores infravermelhos, que sobrevoarao permanentemente os locais onde estiverem os presidentes.

Todo o aparato é apenas operaçao-padrao para reunioes desse tipo, já que até agora nao houve ameaças de atentados de nenhum dos grupos rebeldes esquerdistas que atuam no país. Cartagena de Indias é considerada uma das cidades mais seguras da Colômbia, por causa da pouca influência das guerrilhas e à presença de uma base naval na cidade.

As cerimônias oficiais da Cúpula se iniciaram na quinta-feira de manha, quando a prefeita da cidade, Gina Benedetti, entregou as chaves da cidade aos presidentes. Na sexta-feira, as primeiras-damas farao um passeio por toda a cidade antiga, delimitada pela muralha de 14 km.

A XIV Cúpula de Presidentes do Grupo do Rio analisará neste ano a preparaçao da posiçao do grupo frente à Cúpula do Milênio das Naçoes Unidas, ao sistema financeiro internacional e à situaçao dos direitos fundamentais do indivíduo.