A ocasião é propícia para celebração. Este foi o ano das adaptações musicais da Broadway no Brasil. A festa, não poderia ser melhor, vem embalada por um clima solar e músicas contagiantes, com a estreia de ‘Mamma Mia!’, que entra em cartaz amanhã, no Teatro Abril.

Grife dos musicais, o espetáculo tem números exorbitantes. Soma 30 versões pelo mundo, sendo traduzido para 14 idiomas e exibido em mais de 270 cidades. No momento, está em cartaz em 11 versões.

Agora, vertido ao português por um dos grandes nomes do teatro musical brasileiro, Cláudio Botelho, chega aos palcos brasileiros com supervisão gringa. Robert McQueen assume a direção-geral, David Holcenberg, direção musical e Janet Rothermel, coreografia. Tudo para garantir a qualidade que Benny Andersson e Björn Ulvaeus, líderes do Abba, exigem para a exibição.

Tudo se assemelha ao original. A direfença é que vem acessível a todos os brasileiros, em português.

“Para contextualizar a história, é importante que os números musicais sejam traduzidos para a língua do país em que o espetáculo será apresentado”, conta McQueen, que evidencia que a montagem não é um tributo ao Abba, mas uma narrativa contada por suas canções.

Mesmo assim, há uma exceção para que não se perca o gostinho de sorver as canções da banda sueca no original. Os números finais, ‘Mamma Mia!’ e ‘Dancing Queen’ são executados em inglês.

Sophie, vivida pela jovem Pati Amoroso, prestes a se casar, convida três homens que fizeram parte do passado de sua mãe na tentativa de descobrir se um deles é seu pai. O circo se arma, e Donna, a mãe , se balança pelo encontro com os fantasmas do passado.

Estranhará quem chegar ao teatro pensando encontrar uma Donna matrona, como a Meryl Streep, que protagonizou o filme lançado em 2008. Kiara Sasso, a protagonista, tem quase metade da idade de Meryl, que está com 61 anos. “Estou mais próxima da idade da Donna, que teria aproximadamente 39 anos, que a Meryl Streep.”

Kiara, que, não é exagero dizer, é o maior nome feminino na indústria dos musicais no País – já protagonizou ‘A Noviça Rebelde’, ‘A Bela e A Fera’, ‘O Fantasma da Ópera’ e ‘O Médico e O Monstro’ – nem esperava ter papel na produção. “Era muito velha para ser a filha e me achava muito jovem para ser a mãe”, conta a atriz, que decidiu fazer o teste após descobrir que não haviam fechado o papel para Donna. Tão logo terminou a audição, foi aprovada por McQueen.

“Agora não sou mais a mocinha, mas a mãe dela. Aqueles conflitos pelos quais as garotias passam, meu personagem já passou. Tudo muda, corpo e voz”, pontua Kiara, que pela quarta vez faz par romântico com Saulo Vasconcelos, o intérprete de Sam.