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Acusado descreve como matou cartunista e seu filho
Do Diário OnLine
Com AE
15/03/2010 | 08:59
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O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24 anos, o Cadu, acusado de matar o cartunista Glauco Villas Boas, 53, e o filho, Raoni, 25, descreveu como realizou os crimes. Em vídeo divulgado pela Rede Bandeirantes, ele disse que foi prejudicado pelo cartunista, porém, não deu detalhes.

"Eu estava com uma arma apontando para um cara famoso. Daí eu pensei: os caras vão me condenar à morte aqui no Brasil", disse Cadu  "Você (Glauco) f... com minha vida. Demorou, vou f... com a sua também. Aí atirei nele. Aí, o filho dele veio para cima de mim e atirei no filho dele também", relatou o estudante.

Ele foi detido por volta das 23h30 de domingo em Foz do Iguaçu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Para fugir, o suspeito roubou um carro.

Ao ser abordado por policiais rodoviários federais, Cadu, como é conhecido, iniciou um tiroteio, deixando um agente ferido. Segundo a PF, o policial passa bem e será operado ainda hoje.

Em outras imagens, divulgadas pela Globonews, Cadu parecia transtornado, mas a polícia não informou se ele estava sob efeito de drogas. Uma porção de maconha foi encontrada em seu veículo.

O suspeito está detido sozinho em uma sala da sede da PF em Foz, que aguarda autorização da Justiça para transferi-lo para São Paulo, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). Ele foi levado hoje para o IML (Instituo Médico legal) da cidade para a realização de exame de corpo de delito.

Cadu é conhecido da família e frequentava a igreja Céu de Maria, adepta aos princípios do Santo Daime, fundada por Glauco. A viúva do cartunista, Beatriz Galvão, a enteada de Glauco e a mulher de Raoni prestaram depoimento nesta tarde, na Delegacia Seccional de Osasco.

Motorista - O universitário Felipe de Oliveira Iasi, 23 anos, motorista do Gol usado para levar Carlos Eduardo Sandfeld Nunes à casa do cartunista prestou depoimento na tarde de ontem em Osasco, na Grande São Paulo.

Segundo o advogado Cássio Paoletti, Iasi não participou de nenhum crime e teria sido sequestrado por Cadu antes que ele matasse Glauco e seu filho. A versão, porém, é contestada pela viúva do cartunista.

Em entrevista ao "Fantástico" (TV Globo), Beatriz afirmou que Iasi ficou sentado no sofá enquanto Cadu torturava seu marido. "Eu falei ajuda, ajuda por favor. Ele falou (faz que não com a cabeça)", contou.

Isai se complicou depois dos depoimentos na tarde desta segunda-feira. Segundo o delegado Archimedes Veras Júnior, o motorista deve ser indiciado por favorecimento pessoal ou co-participação no duplo homicídio.




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