"Algumas notas podem ser até verdadeiras, mas outras nao passam de reproduçoes grosseiras", disse o escrivao José Augusto de Souza, que acompanhou a delegada Denise Buzato ao local.
Souza contou que um dos clientes, o professor Rogério Teixeira, foi prestar queixa por ter tido recusadas em um restaurante as três notas de R$ 10 que havia retirado no caixa eletrônico. A delegada, entao, resolveu ir até a agência averiguar o que estava acontecendo.
"Quando chegamos lá, havia um carro-forte da Prosegur e o gerente da agência, Pedro Clarindo, estava trocando as notas que pareciam falsas por outras sem problemas", disse o escrivao. "Nós quisemos saber por que ele tentou trocar o dinheiro falso pelo verdadeiro, quando o certo seria comunicar a ocorrência à polícia."
Dois caixas eletrônicos já estavam com o dinheiro trazido pelo carro-forte. Mesmo assim a polícia apreendeu os malotes e os deixou lacrados dentro do caixa eletrônico.
Depois de interditar a agência, a polícia levou o gerente e o motorista do carro-forte, Jaime Barcelos, à delegacia para depor. Eles foram liberados de manha, após intervençao de um advogado do Bradesco.
Segundo a polícia, esta é a primeira vez que sao encontradas notas de R$ 10 falsas, pois o normal é falsificarem as de R$ 50 e R$ 100. Na Prosegur, um vigilante que identificou-se como Hamilton, nao quis dar o nome do gerente responsável pela área, mas transmitiu um recado dele: "Essas informaçoes sao infundadas e a Polícia Federal já está cuidando do caso". A PF, no entanto, negou que tivesse sido comunicada sobre as notas falsas.
Este é o terceiro incidente envolvendo a Prosegur em uma semana. Na última terça-feira, dois seguranças foram feridos numa tentativa de assalto no Aroporto de Campos, no norte do estado do Rio. Na sexta-feira, outros dois evitaram um assalto quando entregavam dinheiro para a agência do Banco Itaú, na Torre Rio Sul, em Botafogo.
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