A pressão desta sexta é atribuída à formação da Ptax (média de cotações da moeda norte-americana durante o dia, calculada pelo Banco Central de acordo com o volume de negócios), que define o lucro registrado com ganhos e perdas com contratos futuros na Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) em dezembro. A Ptax 850 teve alta de 0,92%, cotada a R$ 3,6357 na compra e R$ 3,6365 na venda

Além disso, a Ptax também determina quanto a União deverá pagar referente à divida cambial que vence na segunda-feira. Do total de US$ 2,3 bilhões, a autoridade monetária já conseguiu rolar 71%, mas o restante deve ser pago na segunda e será corrigido de acordo com a Ptax, já que o débito é atrelado ao câmbio.

No entanto, a principal preocupação do mercado financeiro continua sendo a inflação. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de novembro chegou a 5,19%, acima do teto de 5% estimado por analistas e investidores.

Com o aumento dos preços, surge a discussão sobre um novo aumento da taxa de juros, que vem sendo utilizada pelo governo na tentativa de controlar a inflação.

O BC informou que interveio no mercado, mas não revelou o montante. O volume do dia foi extremamente baixo, já que os negócios foram influenciados pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Em razão disso, muitos operadores e investidores estrangeiros emendaram o fim de semana e não participaram do mercado nesta sexta-feira.

Bovespa — Já a Bolsa de Valores de São Paulo teve um pregão bastante positivo, apesar do baixo volume de negócios. Também operando sob influência do feriado norte-americano, o índice Ibovespa apresentou uma valorização de 2,62%, aos 10.508 pontos, com um volume de negócios de R$ 412 milhões. No mês, a valorização foi de 3,35%.

Risco-país - O risco-Brasil, que mede a desconfiança do mercado externo na economia brasileira, apresentou mudança positiva e forte queda de 3,65%, aos 1.586 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa do país negociado no exterior, subiu 1,37% para 57,50% do valor de face.