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BoJ quer atingir meta de inflação o mais rápido possível
25/12/2014 | 11:53
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O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, disse que o relaxamento monetário adicional anunciado no dia 31 de outubro reflete o compromisso forte da instituição em atingir a meta de inflação de 2% o mais rápido possível por meio de ações de políticas.

"Se a inflação de 2% for atingida no Japão, enquanto os parceiros comerciais avançam, pelo menos o risco de valorização do iene provocado pelas diferentes taxas de inflação entre o país e outras nações se tornará menor", afirmou Kuroda em uma reunião do grupo empresarial Keidanren, em Tóquio. "O relaxamento adicional não foi uma resposta à queda dos preços do petróleo por si só", acrescentou.

Segundo ele, o "BoJ julgou que nós ainda estamos no meio de uma conversão da mentalidade deflacionária e há um risco de que uma desaceleração da taxa real de aumento do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) possa atrasar esta conversão".

Na mais recente reunião de política monetária de dois dias, encerrada na última sexta-feira, o conselho do BoJ decidiu por 8 votos conta 1 manter a meta de política inalterada. O membro do comitê Takahide Kiuchi manteve-se contrário ao relaxamento anunciado no dia 31 de outubro.

Durante a reunião, formuladores de políticas também mantiveram uma projeção cautelosa de crescimento e inflação adotada há quase dois meses. O conselho disse que a inflação, medidas pelo núcleo do CPI, excluindo o impacto direto do aumento do impostos das vendas, deverá provavelmente ficar perto do atual nível de cerca de 1% "por enquanto". A taxa de inflação anual desacelerou para 0,9% em outubro e deverá perder ritmo ainda mais devido à queda dos preços da gasolina e do óleo de aquecimento.

Kuroda disse também que "dois motores ocasionaram até agora a conversão da mentalidade de deflação." O primeiro, segundo ele, foi o forte compromisso do BoJ em atingir a meta de estabilidade de preços de 2% o mais rápido possível e de uma maneira estável, e o segundo é a inflação atual que tem sido alcançada por meio desse compromisso.

"Apesar do declínio dos preços do petróleo ser indesejável ao longo do tempo, se uma pausa no atual aumento dos preços ser tornar pró-ativa, o segundo motor pode estar enfraquecido. Se isso elevar as dúvidas sobre o cumprimento da meta de inflação de 2%, poderá haver um risco de o mecanismo do relaxamento quantitativo como um todo se enfraquecer", afirmou o presidente do BoJ, fazendo referência ao relaxamento quantitativo e qualitativo que o BoJ iniciou em abril de 2013.

"No entanto, o BoJ decidiu buscar um relaxamento monetário mais poderoso por meio do relaxamento quantitativo e reiterar sua resolução inabalável em atingir a meta de

estabilidade de preços de 2% com a maior brevidade possível, através de sua ação", ressaltou o presidente da instituição.

Ele destacou também que "a maioria das economias avançadas olham a estabilidade preços como a situação na qual os índices de preços sobem anualmente cerca de 2% na média". Segundo Korda, a conversão da mentalidade deflacionária está progredindo de forma constante, o que por sua vez está levando as empresas a repassarem os custos mais elevados aos preços de venda e partilharem o aumento dos lucros com os trabalhadores até certo ponto.

Kuroda reafirmou a posição padrão de política do Banco Central do Japão, dizendo que "o BoJ examinará os riscos de alta e de queda para a atividade econômica e os preços e fará ajustes sem hesitação se necessário para alcançar a meta de estabilidade preços".

"Nós monitoraremos com atenção como a conversão da mentalidade deflacionária progredirá na avaliação da evolução dos preços do petróleo bruto e seus efeitos sobre as expectativas de inflação", disse o presidente do BoJ. Fonte: Market News International.




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