A região tinha em novembro 32.290 segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recebendo auxílio-acidente. Isso significa acréscimo de 6,1% em relação ao total no mesmo período do ano passado. No 11º mês de 2013, 30.420 tinham o benefício.

 Os dados são do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e referem-se ao total de auxílios-acidente pagos nas datas referidas. Não é possível saber quantos profissionais deixaram de ganhar o auxílio, ou passaram a receber.

 Na avaliação do secretário de Saúde, trabalho e meio ambiente do Sindicato dos Químicos do Grande ABC, José Freire, as entidades que representam os empregados contribuíram muito para esse aumento. “Os trabalhadores tem sido orientados a correr atrás dos seus direitos”, explicou.

 Freire destacou também que a Justiça tem sido mais célere e julgado muitas ações a favor dos profissionais. “Os casos que são concedidos por via administrativa (pelo INSS) são raros. Mas quando vão para a Justiça, mesmo que sem a capacidade de exercer a função, ainda existe a possibilidade de ser realocado.”

 O auxílio-acidente é concedido para aqueles segurados que perderam parcialmente a capacidade laboral, como os amputados ou operados na coluna, ou mesmo no joelho. É possível trabalhar durante o período de amparo da Previdência Social, pois ele tem caráter indenizatório. O INSS terá o direito de cancelar o benefício a partir do momento em que o segurado receber qualquer tipo de aposentadoria.

OUTRO LADO

 O presidente da Associação das Empresas Metalmecânicas do Grande ABC e 1º vice-diretor do Ciesp (Centro da Indústria do Estado de São Paulo) de Santo André, Norberto Luiz Perella, opinou que o incremento deste tipo de benefício pode estar relacionado à falta de capacitação dos empregados. “Não posso negar que existem maus empresários que, muitas vezes, não estão ligando para isso.”

 Perrela também ressaltou, no entanto, que as normas de segurança no trabalho do País são muito rígidas e cumpridas à risca. Mas, elas elevam o custo das empresas, o que acaba despertando a falta de atenção para o treinamento pleno dos funcionários.

DISTRIBUIÇÃO

 A agência da Previdência Social de São Bernardo era a que mais mantinha auxílios-acidentes ativos em novembro, com um total de 11.619. Em Santo André, o registro era de 10.184. Em seguida aparecem Mauá, com 4.173, Diadema, com 3.558, São Caetano, com 1.853 e Ribeirão Pires, com 903.

DISCUSSÃO

 Freire, do Sindicato dos Químicos, está desde segunda-feira na 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. 

 Ele participa das discussões, que se encerram hoje, para propor diretrizes à Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.