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Desvendando Nova York

Colunista do ‘The New York Times’ mostra a metrópole que não está nos guias turísticos

Miriam Gimenes
18/12/2014 | 07:00
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Esqueça tudo o que já leu sobre Nova York. Se quiser conhecer de verdade o lifestyle da cidade, fuja ‘das frescuras do Brooklyn e dos preços de Manhattan’. Pelo menos é o que sugere o colunista do The New York Times Seth Kugel, conhecido como Amigo Gringo. A alcunha tem uma razão: ele se oferece como o ‘amigo local’ para apresentar a cidade para o turista. Para tanto, o jornalista, que fala português, mantém um canal no Youtube (youtube.com/canalamigogringo) com vídeos semanais. 

Um dos últimos posts trata de Chinatown, região de vasto comércio formado por imigrantes chineses. “Os tours de Nova York muitas vezes passam pela Chinatown de Manhattan. É divertido, a comida é boa etc. Já o Chinatown de Flushing é mais longe – 40 minutos de metrô do Times Square. É menos conhecido e um pouco mais difícil, porque as lojas não estão acostumadas a turistas; existem alguns restaurantes que nem têm cardápio em inglês. Mas é por isso também que lá é melhor”, diz. 

Kugel prima pelos detalhes nas suas dicas. “O nosso canal fala mais da cultura e do comportamento do nova-iorquino – como usar o metrô, evitar redes internacionais e ir para lugares bem característicos. Além de regras de paquera, porque eles não usam o ‘joinha’ tanto quanto o brasileiro”, explica. Morador do Queens há oito anos, ele diz que o distrito retrata fielmente o estilo de vida do nova-iorquino e tem atrações muito mais baratas.

É lá onde está o Louis Armstrong House Museum, casa em que o músico de jazz morou por 28 anos, com móveis, cozinha, banheiro, roupas e até perfumes originais. As opções de comida da cidade são vastas. “Uma das sugestões são as pizzas do Paulie Gee’s em Brooklyn – a que se chama Hellboy é incrível.” O jornalista garante que para conhecer a cidade na essência não é necessário estar com o bolso cheio de dólares. “Caminhar nas ruas é de graça, falar com as pessoas é de graça, descansar nos parques, assistir aos jogos de basquete, andar de bicicleta ao lado do rio é tudo de graça (a não ser alugar uma bicicleta). Restaurantes? Quem não consegue comer bem e barato em Nova York não pesquisou”, conclui.

CURIOSIDADES

>O nome original da cidade era Nova Amsterdã, porque os colonizadores e fundadores eram holandeses. Ainda tem muitas coisas com nomes holandeses. Harlem, por exemplo, era Haarlem, que na época dos colonizadores era uma roça; 

>A famosa Wall Street se chama assim, porque no século 17 tinha no lugar uma muralha para proteger a cidade (que chegava só até lá) dos índios ou dos ingleses; 

>Nova York foi capital dos Estados Unidos por cinco anos no século 18 (1785 a 1790); 

>Na cidade, George Washington foi empossado como o primeiro presidente dos Estados Unidos;

> O que significa ver um show na Broadway? Não tem nada a ver com o nome da rua. Se em um teatro cabem, pelo menos, 500 pessoas a produção já é considerada Broadway. Por outro lado, se soma de 100 a 499 espectadores é Off Broadway e menos de 100 é Off Off Broadway; 

>Se Brooklyn e Queens fossem cidades independentes, seriam a quarta e quinta maiores cidades do país. Cada uma tem mais de 2 milhões de habitantes; 

> No Jackson Heights (no Queens), os residentes falam mais de 125 idiomas; 

>Um em cada três nova-iorquinos nasceram fora dos Estados Unidos, ou seja, são imigrantes.




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