O celular está incorporado ao dia a dia dos brasileiros, que gastam em média R$ 104 por mês com a conta do aparelho e da internet, de acordo com pesquisa inédita realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil. O valor supera até despesas mensais com shows, teatros e cinemas (R$ 96), brinquedos (R$ 103) e produtos de beleza (R$ 82).

Não há grande diferença em relação a despesas nessa área quanto ao nível de renda, mostra a pesquisa. Enquanto as classes A e B despendem R$ 115, o valor cai para R$ 98 para as classes C, D e E.

O estudo atesta a importância da telefonia móvel hoje na vida dos consumidores. Das pessoas que usam o aparelho e acessam a internet, 87% consideram que esses serviços são necessários em suas vidas.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o celular passou a ser, nos últimos anos, não apenas uma forma de comunicação falada, mas também escrita e, ainda, um mecanismo de integração on-line e busca e compartilhamento de informações por meio das redes sociais, por exemplo.

ALERTA - No entanto, é preciso ficar atento com o valor do pacote de celular e internet que se adquire, para não se entusiasmar com serviço que está acima de sua capacidade de pagamento. Marcela cita que esse pode ser um dos motivos de a inadimplência do consumidor no setor de telecomunicações ter crescido 14,6% em novembro, em comparação com mesmo mês de 2013, enquanto, de forma geral, o aumento no número de pessoas com atrasos no pagamento de dívidas foi de 3,5%.

PELA INTERNET - A pesquisa também aponta que o brasileiro se sente mais confortável em consumir pela internet: 60% das compras dos pesquisados que mais gastaram com pacotes de viagens nacionais em 2014 foram adquiridas virtualmente. Para os que optam pelos eletroeletrônicos, 44% do volume total já são adquiridos por meio da web.

Em alguns segmentos, como o de vestuário, o consumidor ainda dá preferência às lojas físicas, para poder ter contato com o produto antes de fechar negócio. Boa parte (38%) dos consumidores prefere fazer compra de roupas em shopping e, outros 38%, em estabelecimentos de rua. Somente 13% adquirem roupas pela internet.