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Ataque do Santos desafia a defesa do Palmeiras na Vila
das Agências
03/04/2011 | 07:53
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Santos e Palmeiras fazem hoje, às 16h (Globo e Band), na Vila Belmiro, o último clássico da primeira fase do Campeonato Paulista e um dos mais esperados. Além de ser o confronto entre dois dos principais times da competição - o Verdão é o líder com 35 pontos, apenas um à frente do Peixe, que ocupa o quarto lugar -, será o jogo do melhor ataque contra a defesa mais eficiente. A equipe da Vila Belmiro marcou 37 gols, enquanto o Alviverde sofreu apenas seis.

Pelo lado santista, o técnico interino Marcelo Martelotte aposta na dupla Paulo Henrique Ganso - que disputará o primeiro clássico depois da volta aos campos - e Neymar, confirmado após o susto de quinta-feira, quando sofreu pancada no joelho e deixou o campo carregado.

A dúvida de Martelotte está no ataque. Keirrison e Zé Eduardo disputam a vaga para atuar ao lado de Neymar.

No Palmeiras, o comandante Luiz Felipe Scolari não poderá contar com Valdivia. Os responsáveis pela criação serão Lincoln e Patrik.

Já classificadas para as quartas de final, as equipes se enfrentam em situações distintas. Felipão já avisou que o clássico servirá para o Palmeiras ganhar moral, mas que uma derrota não mudará em nada seus planos.

Por outro lado, o Santos vai a campo pensando também no compromisso importante contra o Colo-Colo, quarta-feira, na Vila Belmiro, em verdadeira decisão pela Libertadores, pois se perder ficará bem perto da eliminação.

Apesar do confronto decisivo daqui a três dias, os santistas dizem estar focados no Palmeiras e esperam quebrar a série de cinco jogos sem vitória contra o rival - a última foi em abril de 2009. Depois disso, os santistas sofreram três derrotas e conseguiram dois empates.

"Não acho que vai ser apenas o jogo do ataque do Santos contra a defesa do Palmeiras. Os dois times estão qualificados e esperamos que o clássico tenha o melhor nível possível", afirmou Marcelo Martelotte.

"Não vamos sair daqui de São Paulo para chegar à Vila e mostrar que temos apenas a melhor defesa. Nós também queremos a vitória e precisamos ter um posicionamento certo lá no ataque", declarou Felipão. Kleber e Adriano serão os homens de frente.

O treinador palmeirense também falou da qualidade do atacante Neymar, que foi o principal destaque da Seleção Brasileira no amistoso contra a Escócia, ao marcar os dois gols da vitória. "Ele sai para tudo o que é lado, fica muito difícil de se fazer uma marcação especial nele. Temos de nos posicionar corretamente para segurar os craques", comentou ao se referir também ao meia Paulo Henrique Ganso.

 

Lincoln é a arma palmeirense no meio

Se o Santos tem em Paulo Henrique Ganso o seu grande maestro, o Palmeiras conta com Lincoln para armar a equipe. Sem o chileno Valdivia, que ainda não está pronto para jogar após lesão muscular, o meia tem sido o responsável por levar a bola até o ataque.

Lincoln pouco jogou em 2011. Machucou-se logo na estreia do Paulistão e depois, mesmo recuperado de lesão, ficou encostado porque a diretoria queria negociá-lo. Cansado da demora, Felipão resolveu escalá-lo contra o Linense e o jogador foi um dos destaques da vitória por 3 a 0.

Como Valdivia segue fora, Lincoln mantém sua posição entre os titulares. Ele já conversou com o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, sobre a dívida que tem a receber do clube e reiterou sua vontade de seguir no Palestra Itália. "Conversamos sobre a parte financeira e está tudo certo", declarou Lincoln.

"Meu problema sempre foi técnico, e não financeiro, por isso eu tomei a decisão de escalá-lo", explicou o treinador.

Lincoln tem aproveitado as chances dadas por Felipão. De acordo com o meia, seu trabalho é facilitado pela presença do atacante Kleber. "Ele faz gols, briga com os zagueiros e ajuda na marcação. É muito fácil jogar com ele", completou o meia, esperando seguir no time assim que Valdivia voltar. "Acho que temos condições de jogar juntos."

ARENA PALESTRA - A partir do próximo mês, o torcedor palmeirense poderá acompanhar as obras da Arena Palestra. A empresa WTorre, responsável pela modernização do estádio, planeja exibir imagens em tempo real das mudanças na casa palmeirense em uma página especial até que tudo fique pronto. O primeiro passo será dado amanhã, quando será lançada uma página provisória com fotos das obras (www.novaarena.com.br).

 

Ganso joga primeiro clássico depois do retorno aos gramados

Motivo de preocupação da diretoria santista pela insistência em ir embora para a Europa no meio do ano, Paulo Henrique Ganso voltou a atuar depois de sete meses de inatividade mostrando que pode ser a solução quando está em campo. Hoje, disputará seu primeiro clássico após o seu retorno.

No dia em que voltou aos gramados (12 de março), o meia entrou no segundo tempo contra o Botafogo, mudou a cara do time e deixou sua marca no triunfo por 2 a 1.

"Amo o Santos, vou respeitar o meu contrato (termina em 28 de fevereiro de 2015) e quero ajudar o time a ganhar títulos. Uma dia vou jogar na Europa, mas não sei quando", afirmou Ganso.

No entanto, há quem diga que suas declarações após os jogos, ainda em campo, são políticas, com a finalidade de acalmar a ira dos torcedores mais fanáticos.

O retorno de Ganso aumentou também a motivação dos outros jogadores. Keirrison, que estava esquecido na reserva, volta a ter esperança com os dois gols marcados nos dois últimos jogos, em jogadas com a participação do meia. "Com o Ganso no time, a bola chega com mais qualidade para os atacantes finalizarem", reconheceu Keirrison, que pode aparecer como titular no clássico de hoje.

 

Martelotte questiona pressão de Felipão sobre Maikon Leite

Marcelo Martelotte ignorou a pressão do palmeirense Luiz Felipe Scolari sobre o atacante Maikon Leite e decidiu relacioná-lo para o clássico de hoje.

A revolta do treinador santista se deu pelo fato de Felipão ter comentado exatamente na semana do clássico sobre o desejo de contar imediatamente com o jogador, que já acertou sua ida para o Alviverde no meio da temporada.

"Todos os comentários sobre o Maikon Leite durante a semana partiram do Palmeiras, nenhum do Santos. Acho estranho isso surgir na semana do clássico", declarou o técnico interino.

Felipão foi questionado e não concordou. "Espero que ele (Maikon Leite) seja profissional como foi até agora e faça um Carnaval para cima de nós. Quando estiver aqui, em julho, pediremos que faça isso.

Mas Martelotte relacionou 19 jogadores para o clássico, sendo que um deles ainda será cortado.




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