Economia Titulo Automotivo
Vendas de carros zero caem 3,97% no mês

No acumulado do ano, retração está em 8%; desânimo do consumidor afeta segmento

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/12/2014 | 07:22
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Denis Maciel/DGABC


As vendas de automóveis e comerciais leves (picapes e utilitários esportivos) zero-quilômetro no País tiveram queda de 3,97% no mês passado na comparação com outubro, de acordo com levantamento divulgados ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que toma como base os números de emplacamentos do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Foram comercializadas em novembro 279.826 unidades, ante 291.388 no mês anterior.

Para o presidente do conselho deliberativo e diretor da Fenabrave, Flávio Meneghetti, a retração se deve ao menor número de dias úteis (20 em novembro) em relação a outubro (22). Segundo ele, ao considerar o volume diário de vendas é possível notar tendência de recuperação no segmento de automóveis neste fim de ano. Por esse critério (total comercializado dividido pelo número de dias úteis), foram 13.991 ante 13.245 em outubro, aumento de 5,64%.

No entanto, nos primeiros 11 meses de 2014, automóveis e comerciais leves – com a comercialização de 2,975 milhões de unidades – ainda contabilizam, juntos, retração de 8,17% na comparação com igual período de 2013.

ESTÍMULOS - Campanhas promocionais das montadoras, que oferecem juros zero para a compra parcelada de muitos modelos, e também o fim do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido no dia 31, são fatores que podem ajudar o setor a desovar estoques. Com a retirada do incentivo tributário – a alíquota do imposto para os automóveis 1.0 litro, que hoje está em 3%, retornará ao patamar normal de 7% –, o preço do carro deve subir em janeiro.

No entanto, o cenário está difícil, já que o consumidor não está animado para trocar de carro, avalia o presidente do Sincodiv-SP (Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos do Estado de São Paulo), Octávio Vallejo. Ele considera que a situação é especialmente complicada no Grande ABC, por causa de lay-offs (suspensões temporárias de contratos de trabalho), abertura de PDVs (Programas de Demissão Voluntária) e decisões de fabricantes de ampliar férias coletivas. Por causa do receios de perda de emprego, o morador da região deixa de comprar, cita o dirigente.
 




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