Política Titulo
Mais de 1,7 milhão vão às urnas neste ano na região
Eduardo Merli
e Evelize Pacheco
Do Diário do Grande ABC
03/07/2004 | 18:57
Compartilhar notícia


A eleição para prefeitos e vereadores neste ano no Grande ABC deverá contar com mais de 1,7 milhão de eleitores, segundo dados levantados pelo Diário junto aos cartórios eleitorais da região. Os números ainda são parciais, por conta de uma conferência nacional feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre os eleitores inscritos. O crescimento de eleitores em relação à eleição de 2002 foi de 5,6%, considerando esses dados parciais.

De acordo com os chefes de cartórios eleitorais das sete cidades da região, o aumento do número de eleitores reflete uma maior conscientização do processo eleitoral, especialmente no grande número de títulos transferidos. A maior variação registrada em relação à eleição de 2002 aconteceu em Diadema, que teve um acréscimo de 10% no número de eleitores. E a menor foi em Santo André, com 2,7% de crescimento. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra apresentam uma redução do quadro de eleitores, respectivamente de 4% e 5%.

Os locais de votação já estão definidos nos cartórios eleitorais, entretanto, muitos colégios eleitorais ainda não têm definidas as seções. Esses dados serão consolidados até o fim deste mês pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A partir de terça-feira, a campanha estará oficialmente nas ruas, e os candidatos já têm seus cálculos estimados para obter uma vaga nos legislativos municipais.

O corte provocado pela resolução do TSE no número de vereadores em todo o país atingiu cinco câmaras da região e tornou a disputa mais difícil. Uma das mais prejudicadas é a de São Caetano, que perdeu praticamente 50% de vagas (caiu de 21 para 11). Os políticos estimam que precisarão dobrar os votos para garantir a vitória. O presidente da Câmara, Paulo Pinheiro (PTB), avalia que o trabalho será dobrado. "Dependendo da coligação e partido, serão precisos 2,7 mil votos para se eleger. Na última eleição, com 1.350 elegia. Ninguém poderá dizer que está bem, porque você pode até estar bem com seu eleitorado, mas se não divulgar o que fez, a pessoa que poderia votar em você votará em outro."

Para o vereador Tite Campanella (PFL), a redução vai provocar um aumento do poder da bancada médica na Câmara. "São eles que possuem mais votos na cidade. Dos 21 da atual legislatura, temos oito vereadores ligados à área médica. É uma prova da situação precária da saúde em nosso município", disse.

Os candidatos a vereador em Diadema também terão de brigar bastante para conquistar o eleitorado. A cidade perdeu cinco cadeiras na Câmara, mas registrou um aumento significativo de eleitores, por conta do grande número de transferências de títulos de moradores que vieram de outros Estados.

A estimativa é de pelo menos 15 mil votos para um candidato obter a vaga. "Para equilibrar essa situação, estamos contando com as pessoas que puxam mais votos", explicou o presidente do PT do B, Ivan Brasil. Seu partido – que faz parte de uma frente de mais 13 legendas que apóiam o candidato tucano José Augusto da Silva Ramos – está coligado com o PP e PSC, com 32 candidatos. O presidente do PT, deputado Mario Reali, estima também em 15 mil votos para a composição. "Isso fortalece, por exemplo, o PT, mas por outro lado prejudica a representativade na Câmara", explicou.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;