Dirceu participou de um encontro promovido pela macrorregião do PT no Grande ABC para discutir um programa de governo regional. Com exceção do vice-prefeito de Mauá, Márcio Chaves Pires (PT), que disputa a sucessão municipal, todos os candidatos a prefeito pelo PT da região estiveram na reunião. O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Luiz Carlos da Silva (PT), o Professor Luizinho, e o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, também prestigiaram o evento.
O candidato a prefeito pelo PT de São Caetano, vereador Hamilton Lacerda, entregou ao ministro camisas dos dois times de futebol da região: o São Caetano, campeão paulista, e o Santo André, que na semana passada conquistou a Copa do Brasil. "O ABC é bom de política, bom de PT e bom de futebol", afirmou Lacerda. Dirceu vestiu a camisa do Santo André, mas nas duas tinha o seu nome escrito atrás.
O ministro reconheceu a importância do PT na história do Brasil, e recordou o fato de o partido ter nascido no Grande ABC. "Se hoje governamos cidades importantes, e principalmente o Brasil, é porque nós construimos o PT, um partido de militância e democrático", disse aos mais de 800 petistas que participaram do evento, segundo os organizadores.
Orientação – O ministro disse que o PT não deve se preocupar com o fato de não ter conseguido realizar na região o mesmo arco de aliança que apóia o governo federal. "Nós buscamos alianças para ampliar apoio, mas também sabemos vencer as eleições com alianças menores. Não vejo que isso seja problema para o PT", afirmou Dirceu, ao destacar que os candidatos petistas têm argumentos para dialogar com os eleitores, de apresentar à sociedade o que foi feito pelos atuais administradores.
Dirceu fez questão de ressaltar que estas eleições são municipais, pois, segundo ele, tem muitas pessoas querendo federalizar a disputa. "Essa eleição é municipal, para prestar contas à sociedade sobre o que fizemos em nossos governos... E os governos municipais da região têm o que apresentar para o povo sobre as nossas realizações", afirmou. "Os nossos adversários dizem que querem discutir o Brasil. Não tenho medo desse debate. Podem comparar. Porque, se for discutir o governo municipal, de Diadema, de Mauá, se for comparar com os governos que nossos adversários fazem, nós vamos ganhar a eleição", completou.
Dirceu falou por mais de uma hora sobre diversos temas. Destacou algumas das ações do governo federal, e pediu aos candidatos para não confundirem o governo com partido. Ele também não poupou críticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e fez comparações entre a atual administração petista e o governo tucano anterior.
Segundo o ministro, em apenas 18 meses, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva investiu duas vezes mais em saneamento básico do que os tucanos em oito anos de administração. Foram R$ 4,6 bilhões investidos por Lula, contra R$ 2,3 bilhões repassados por Fernando Henrique. "E vamos investir mais R$ 3 bilhões por ano a partir de agora. Além disso, a Caixa Econômica Federal vai repassar mais R$ 4,9 milhões às empresas estaduais de saneamento. Isso significa que em dez anos o Brasil pode resolver o problema de saneamento", afirmou.
O ministro também defendeu a política econômica do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mas admitiu que é necessário mudar o modelo econômico para que o Brasil volte a crescer. Dirceu acredita que é necessário que a taxa de juros caia para que viabilize um crescimento "sem aventura". "Temos de ter responsabilidade", disse.
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