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Tudo o que você precisa saber sobre HPV
Do Diário do Grande ABC
12/09/2010 | 07:20
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HPV - sigla em inglês de papilomavírus humano - provoca uma das doenças sexualmente transmissíveis com maior ocorrência. Atinge homens, mas as principais vítimas são as mulheres.

Existem mais de 100 tipos de HPV conhecidos e parte deles pode gerar câncer se a lesão não for tratada precocemente. O sinal mais comum é o aparecimento de verrugas nas áreas genitais e orais, entretanto, aqueles que causam tumores não apresentam sintomas. A boa notícia é que tem cura. O sistema imunológico é capaz de eliminá-lo. Mas o melhor mesmo é prevenir-se, sem esquecer a camisinha durante as relações sexuais. Além disso, quem notar algo estranho no pênis ou na vagina deve procurar o médico (ginecologista para as garotas e urologista para garotos).

Somente o especialista pode realmente descobrir qual é o problema, pedir exames e indicar tratamento. Confira as respostas para dúvidas comuns sobre o assunto:

Em que grupo a incidência é alta?
Cerca de 80% das mulheres são expostas ao HPV durante suas vidas sexuais. Em geral, a contaminação ocorre nos três anos após a iniciação sexual. Por isso, é considerada infecção da mulher jovem.

Como se contrai?
Na maioria dos casos, por meio do contato com a pele infectada durante as relações sexuais, incluindo o sexo oral. Também existem outras formas de contágio, como uso de objetos, toalhas, roupas íntimas, banheiras e vasos sanitários contaminados. No entanto, esses casos são bem menos frequentes. Se a gestante tem o vírus, o bebê pode adquiri-lo no momento do parto.

Como se manifesta?
A forma mais comum são as verrugas ou condilomas, semelhantes a pequenas couves-flores. Aparecem principalmente na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também podem surgir nos lábios, boca, laringe e esôfago. Entretanto, os tipos oncogênicos (maior risco de desenvolver câncer) não têm sintomas. Muitas vezes o diagnóstico é feito por alteração em exames, como o de Papanicolaou (teste para prevenção de câncer ginecológico).

Toda verruga na região genital é sinal de HPV?
Não. Existem verrugas de origem dermatológica benigna. O melhor a fazer é procurar um médico quando notá-las no corpo.

A doença pode se manifestar tempos depois de se infectar com o vírus?
Sim. O período de incubação varia muito. Muitas vezes contamina-se com HPV no início da vida sexual e, após anos, a doença manifesta-se com lesão mais grave.

O HPV causa câncer?
Sim. Os do tipo oncogênicos tem risco de desenvolver tumores malignos no colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis. Porém, não ocorre com muita frequência. A maioria das infecções são transitórias.

Como se prevenir?
Usar camisinha durante as relações sexuais previne contra o HPV e outras DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Há ainda a vacina, que combate alguns tipos de papilomavírus. Também não deixe de ir ao médico regularmente para que sejam feitos exames.

Qual é o tratamento?
O tratamento não é para o vírus, mas para a lesão (doença que ele provocou). Ela é destruída ou retirada por meio de remédios ou cirurgia. Quem cura o vírus é o sistema imunológico.

Há vacina para HPV?
Existem duas: a bivalente (contra os tipos 16 e 18 de HPV, responsáveis por 70% das lesões graves) e a quadrivalente (contra os tipos 6 e 11, que causam verrugas, além dos 16 e 18). O ideal é que sejam tomadas antes da primeira relação sexual. No Brasil, está disponível para meninas a partir dos 9 anos. Nos Estados Unidos, homens já podem recebê-las.

TRANSMISSÃO
A contaminação ocorre por meio do contato direto com a pele infectada, principalmente durante a relação sexual. Há outras formas bem menos frequentes, como contato com objetos, toalhas, banheiras e vasos sanitários infectados.

SINTOMAS
l Verrugas nos órgãos genitais, ânus, boca, laringe e esôfago.

l Os tipos que causam câncer não apresentam.

PREVENÇÃO
Meninas e meninos sexualmente ativos devem procurar médico e fazer exames anualmente.

O uso de camisinha durante o sexo, incluindo oral, é fundamental para evitar HPV e outras DSTs.

Não compartilhe objetos de uso íntimo e faça a higiene de locais de uso comum, como vasos sanitários.

Com a colaboração da médica Neila Maria de Góis Speck, chefe do ambulatório de colposcopia da Unifesp




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