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CVC completa três décadas com entrada no mercado americano
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
18/05/2002 | 19:24
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Em 1972, a CVC Turismo nascia em Santo André como agência de turismo que começou a vender passagens aéreas internacionais para funcionários das empresas da região. No próximo dia 28, a CVC completa 30 anos de mercado como a maior operadora de turismo do país, com 49 lojas e a marca de 4,8 milhões de passageiros embarcados para destinos nacionais e internacionais. Experiência suficiente para um passo ainda maior: a abertura da primeira loja internacional, em Miami, inaugurada no último dia 15, um antigo projeto do empresário e diretor geral da CVC, Guilherme Paulus. "Queríamos mostrar as belezas naturais do Brasil aos turistas estrangeiros. É um passo, um sonho, temos muito trabalho pela frente e sabemos que os resultados não são para daqui seis meses", disse. Para 2003 a CVC planeja a abertura de uma loja em Portugal, seguindo o mesmo objetivo.

O projeto representa a expansão da empresa e já vem desde o ano passado. Ao participar de feiras internacionais de turismo, nos Estados Unidos e na Europa, a empresa percebeu que havia um grande interesse dos visitantes pelo Brasil. A confirmação veio com a criação, em novembro do ano passado, de um site para o público norte-americano, o www.cvcusa.net, que disponibiliza informações sobre o Brasil: mapas, atrações turísticas com fotos, clima, cultura etc. Resultado: em 90 dias no ar, o site recebeu 4 mil acessos, 99% deles interessados em comprar pacotes turísticos para o Brasil. "Existem nos EUA 2,5 milhões de brasileiros em situação legalizada; se contarmos familiares, é um público de 5 milhões de pessoas", disse. A página, que hoje já opera vendas diretas e por meio de agências locais, já recebeu mais de 21 mil acessos. Desde a abertura da loja, 380 turistas norte-americanos já compraram pacotes para cá.

Pelo site, a CVC comercializa destinos com beleza natural, mas com boa infra-estrutura de rede hoteleira e facilidade de chegada de vôos. "O turista americano não gosta de voar muitas horas, por isso tem de ser local de fácil acesso", disse. No site, opções como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Porto Seguro, Maceió, Porto de Galinhas, Fernando de Noronha, Cataratas do Iguaçu e outras. Os preços são os mesmos do Brasil. "O americano adora pesca e fica impressionado com estados como Amazonas e Mato Grosso."

Mercado – Segundo Paulus, este novo passo tem como meta alcançar a marca dos 12 mil passageiros/ano com um faturamento bruto de US$ 10 milhões. O que não significa deixar o mercado nacional de lado. "Lá é um sonho realizado, sabemos que não será como aqui", disse. Hoje, 95% do faturamento da CVC vêm do turismo nacional e 5% do internacional. Mesmo antes da falência declarada da Soletur, ela já era a líder de mercado, com uma participação de 60%. Para este ano, a meta é chegar as 60 lojas no país, com a previsão de outras duas para o Grande ABC.

A sigla CVC, que representa o Brasil nos aeroportos internacionais, veio do nome do fundador da empresa, Carlos Vicente Cerchiari, que ficou por pouco tempo e logo passou a empresa para o comando de Paulus, o grande idealizador do conceito que a empresa tem hoje, "oferecer sempre o melhor custo, com excelente qualidade no serviço". Foi assim que ela conquistou a posição que tem hoje. O grande salto foi em 1976, quando a CVC decidiu diversificar: deixou de vender passagens aos funcionários e criou as viagens em grupo, sendo o pioneiro nos pacotes rodoviários de fim de semana, que depois evoluíram para os aéreos.




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