Expulsão da USP veio como punição por ocupação, em março
de 2010, de prédio da Coordenadoria de Assistência Social
Mesmo com o esvaziamento da Universidade de São Paulo (USP) por conta do fim das aulas, a manifestação contra a expulsão de seis alunos reuniu cerca de cem pessoas na tarde de ontem. O grupo se reuniu com faixas, carro de som e tambores em frente ao prédio da reitoria e marchou até a portaria principal da USP, onde bloquearam o trânsito por 15 minutos.
"As aulas da USP podem estar de férias, mas o senso crítico dos alunos, não", disse Jéssica de Abreu Trinca, de 26 anos, uma das estudantes expulsas, que acredita na continuação da mobilização no próximo ano. "As aulas vão voltar e os alunos vão estar em greve", completou a aluna de Letras. Os manifestantes pedem a revogação das expulsões - decisão divulgada no sábado em despacho do reitor João Grandino Rodas. A expulsão veio como punição pela ocupação, iniciada em março de 2010, de um prédio da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas). Segundo a reitoria, documentos do departamento foram extraviados e computadores, furtados.
A principal reivindicação do movimento, intitulado Moradia Retomada, é o aumento de vagas no Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp). A sala continua ocupada. Entre os manifestantes, a confiança era de que a medida pode ser revogada. "O reitor, em uma decisão, acaba com a minha vida acadêmica e profissional. Foi extremamente incoerente", completa Jéssica. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) vai apelar ao Judiciário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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