Política Titulo Após saída de Salles
Mulher e prima de Maranhão deixam administração Grana

Parentes do tucano estavam lotadas na Pasta de Cultura durante gestão do pedetista

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/11/2014 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Glaucia Coelho Ramos da Silveira e Carmelita Vieira Coelho, respectivamente, mulher e prima do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), foram exoneradas do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT). As parentes do tucano estavam lotadas na Secretaria de Cultura desde agosto de 2013 e eram apadrinhadas de Raimundo Salles (PDT), que deixou o comando da Pasta em outubro.

Segundo a administração, outros dez servidores aliados ao ex-secretário foram demitidos do Paço pelo atual comandante da Pasta, Tiago Nogueira (PT). Glaucia atuava como diretora de orquestra, com remuneração de R$ 6.545 por mês, enquanto Carmelita ocupava o posto de coordenação de atividades, sob salário de R$ 5.644 mensais.

“A mudança de funcionários comissionados é comum sempre que ocorrem trocas de comando na administração pública, uma vez que se tratam de cargos preenchidos por pessoas de confiança de quem ocupa a chefia”, justificou o Paço, por nota.

Salles negou, na ocasião, “troca de favores” na contratação das parentes do prefeito da cidade vizinha e argumentou que a nomeação das aliadas considerou capacidade técnica. Justificou que eram quadros de sua confiança. Maranhão descartou qualquer problema com a situação. “Não era (indicação). Elas trabalhavam normalmente e honravam seus compromissos.”

O pedetista deixou o governo Grana em outubro, alegando “sabotagem do PT” e acusou outros secretários do Paço de “boicote interno”. Ele se queixou da falta de recursos destinados à secretaria, situação rechaçada por integrantes da equipe financeira do Paço.

A saída de Salles tem como pano a sua intenção de entrar novamente na disputa pelo Paço de Santo André – a eleição de 2016 pode ser sua terceira vez consecutiva ao posto. A ligação do pedetista com o deputado federal eleito Alex Manente (PPS) seria outro fator. O popular-socialista é cotado para assumir a Secretaria Estadual de Gestão Pública e, dentro desse contexto, Salles teria espaço para preencher a vaga de secretário adjunto.

Recentemente, Alex Manente assumiu a presidência paulista do PPS. No evento de posse, Salles sinalizou possível ingresso na legenda.




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