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Sandvik aposta no desenvolvimento de novos produtos
Adriana Buzzetti
Enviada à Suécia
17/08/2002 | 17:03
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A indústria automotiva pode desfrutar do dinamismo no desenvolvimento de ferramentas de corte. A Sandvik, empresa sueca com mais de cem anos de atividade, especialista na fabricação de ferramentas em metal duro, investe cerca de US$ 180 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, cerca de 4% de seu faturamento global. A área de pesquisa e desenvolvimento da empresa emprega 1,4 mil pessoas na Suécia, em Estocolmo. Com isso, a Sandvik lança 1,5 mil novos produtos a cada ano, segundo o gerente geral na matriz, Erling Gunnesson. Com esse esforço em oferecer variedade e novidade, 50% dos produtos da empresa disponíveis foram lançados há menos de cinco anos.

No Brasil, a empresa, com unidade em Santo Amaro, São Paulo, se concentra na fabricação de pastilhas intercambiáveis, ou insertos, e cerca de 60% de seu faturamento vêm da indústria automotiva – direta ou indiretamente, já que inclui não só as montadoras mas autopeças e distribuidoras também. “O mercado brasileiro é grande e muito importante para nós”, disse o gerente de Desenvolvimento de Negócios de Produtos Automotivos Lars Lindstedt. “Queremos montar uma rede global (que pode ter função local também) por meio da qual possamos levar nossa experiência e tecnologia a clientes em vários locais do mundo. Por exemplo, se desenvolvemos uma solução ou aplicação para uma montadora na Alemanha e um cliente da mesma área no Brasil exige uma solução semelhante poderemos usar nossa experiência com os alemães para resolver o problema do brasileiro”, afirmou.

Segundo Johan Luuke, também gerente de Desenvolvimento de Negócios de Produtos Automotivos, por volta de 16% do faturamento global do grupo vêm da cadeia automotiva. Dentro da Divisão Coromant, na qual está inserida a matriz em Sandviken, na Suécia, e a subsidiária brasileira, os clientes do setor automotivo respondem por 30% do faturamento.

Brasil – Embora produza em menor escala, a subsidiária brasileira trabalha com o mesmo padrão de qualidade e organização das plantas na Suécia. O fluxo de produção é organizado com organogramas expostos em murais e o estoque é controlado. Também possui uma pequena equipe que trabalha com desenvolvimento de soluções para clientes. A filial brasileira tem acesso a uma espécie de banco de dados com soluções já desenvolvidas: ou seja, a partir de um modelo preexistente é possível fazer mudanças e adaptá-lo a uma nova aplicação.

Segundo o gerente de treinamento técnico, marketing e distribuição no Brasil, Francisco Marcondes, a subsidiária brasileira é atualmente a segunda colocada em produtividade entre todas as unidades do grupo no mundo, atrás apenas do Japão. O parâmetro utilizado é a rejeição de peças. “Como no Japão a produção é muito mais robotizada do que a nossa, não estamos em grande desvantagem em relação a eles”, disse.

A jornalista viajou a convite da Sandvik




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