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UE tenta conciliar flexibilidade trabalhista e segurança social
Da AFP
20/01/2006 | 15:23
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Os ministros europeus do Emprego analisaram nesta sexta-feira em Villach, na Áustria, as maneiras de garantir aos trabalhadores a segurança social necessária frente à flexibilidade do mercado de trabalho, realidade imposta pela globalização da economia.

A Áustria, que preside neste semestre a UE (União Européia), pretende comparar as experiências dos 25 membros do bloco e lançar um debate. Para isso, o chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, fez um convite aos atores sociais do bloco.

"Se queremos controlar as mudanças, precisamos ser flexíveis mas também garantir a segurança. É um equilíbrio complicado e frágil", indicou o comissário europeu de Assuntos Sociais, Vladimir Spidla, durante a reunião ministerial de Villach.

Para a Comissão Européia, órgão executivo da UE, a crescente flexibilidade do mercado de trabalho decorrente da globalização da economia deve ser acompanhada de medidas preventivas para evitar que os trabalhadores em situação precária não sejam cada vez mais marginalizados.

"A flexibilidade sem a segurança é uma coisa muito dura, que pode conduzir a uma deterioração das condições de trabalho", acrescentou Spidla, dizendo que todos os países membros da UE se mostraram partidários nesta sexta-feira da "flexiseguridade".

"Estamos de acordo sobre os objetivos de uma Europa social", afirmou por sua vez o ministro austríaco da Economia, Martin Bartenstein. "Trata-se do crescimento e o emprego, assim como também da flexibilidade através da segurança", acrescentou. O conceito de "flexisegurança" refere-se em particular ao modelo social dinamarquês, que combina flexibilidade, ou seja a facilidade de entrar e sair do mercado de trabalho, com uma forte proteção dos trabalhadores, através, por exemplo, de auxílio desemprego decente e um acompanhamento rigoroso da busca de um novo trabalho.




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