"O Canal do Panamá continua sendo ponto estratégico para grande parte da navegaçao comercial mundial, e a localizaçao privilegiada o transforma na melhor base contra o tráfico de drogas da regiao", disse à imprensa o representante republicano Bob Barr (Georgia), que lidera a inicitiva. Segundo ele, "é inconcebível que o Governo do presidente Bill Clinton pense em abandonar o país completamente".
A retirada dos militares norte-americanos do Panamá vem acontecendo conforme o estipulado pelo tratado e deverá ser completado antes do final do ano.
Tendo a luta antinarcóticos como pretexto, Washington tentou no ano passado convencer o governo do entao presidente panamenho Ernesto Pérez de aceitar uma presença militar norte-americana no istmo. Mas o presidente nao cedeu.
A iniciativa de agora procura forçar Clinton a pressionar a nova presidente panamenha, Mireya Moscoso, a aceitar soldados norte-americanos no Panamá. Moscoso realizará na próxima semana uma visita a Washington.
Outros congressistas da oposiçao republicana, entre eles os senadores Jesse Helms e Trent Lott, criticam há meses a retirada norte-americana do istmo. Advertem principalmente sobre a presença no Panamá da empresa Hutchison Whampoa, controlada pelo goveno chinês e que opera parte das instalaçoes do canal.
O almirante Thomas Moorer, ex-membro do Estado maior norte-americano, afirmou que "se os Estados Unidos nao conservarem o uso prioritário do Canal, nos veremos obrigados a recuperá-lo, seja qual for o custo".
A construçao do Canal foi iniciada no século passado pela Companhia Universal do Canal Francês, dirigida pelo conde Fernand De Lesseps, mas a obra só foi concluída entre 1904 e 1914 pelo governo dos Estados Unidos. Desde entao, esse país passou a ter uma forte presença no Panamá, com milhares de soldados e um Comando Sul encarregado dos interesses militares norte-americanos na América Latina e no Caribe.
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