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Italiano recebe prêmio por explorações na Amazônia
18/11/2014 | 10:04
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Líder de expedições a áreas desconhecidas na América do Sul, o geólogo italiano Francesco Sauro foi um dos homenageados pelo Prêmio Rolex de Empreendedorismo, nesta segunda-feira, 17, na Royal Society de Londres. A relojoaria suíça seleciona a cada dois anos cinco ações inovadoras ligadas a ciência, tecnologia e preservação do ambiente.

Sauro foi um dos vencedores na edição de 2014 por ter liderado cinco jornadas no Brasil e na Venezuela às formações rochosas chamadas tepuis - montanhas com paredes verticais, que têm topo plano em vez de um pico. No ano passado, a equipe do pesquisador encontrou uma das mais longas cavernas de quartzito do mundo, a Imawarí Yeutá, com 20 quilômetros de passagens, no Sudeste venezuelano. Lá, descobriu um novo minério, o rossiantonite, e espécies desconhecidas de animais de caverna, entre elas um peixe que teria origens africanas.

O fato dos tepuis ainda serem inexplorados contribui para a riqueza das informações coletadas. "Processos que levaram milhões de anos para ocorrer estão visíveis em ambientes conservados", diz Sauro.

Trata-se de um "mundo perdido", onde estão dados que ajudam a entender melhor a evolução da paisagem e da vida no centro da América do Sul desde a abertura do Oceano Atlântico, a 100 milhões de anos. O prêmio recebido em Londres - de 50 mil francos suíços, cerca de R$ 135 mil - vai financiar a próxima expedição ao Amazonas, que começa na semana que vem. A equipe do italiano tenta encontrar cavernas de quartzito na Serra do Aracá, cerca de 500 quilômetros ao norte de Manaus. O italiano busca pontos onde "ninguém nunca esteve". O geólogo terá o apoio do grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas e do Instituto do Carste, ambos de Belo Horizonte. "O principal pesquisador da expedição é brasileiro, o geólogo Augusto Auler", completa.

Além do cientista europeu, outros quatro empreendedores foram homenageados. A designer indiana Neeti Kailas foi reconhecida por desenvolver um aparelho capaz de detectar deficiências auditivas em recém-nascidos, assim como o veterinário de Ruanda Olivier Nsengimana, criador de um projeto para salvar o grou coroado oriental, ave ameaçada de extinção.

O especialista em tecnologia da informação camaronês Arthur Zang, inventor do primeiro tablet médico da África para auxiliar no diagnóstico de doenças cardiovasculares, e o microbiologista saudita Hosam Zowawi, desenvolvedor de testes rápidos para identificar superbactérias, completam a lista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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