Economia Titulo Seu bolso
Cesta básica encarece R$ 5,84 na semana

Menor oferta e aumento da demanda no calor elevaram preços do tomate, da batata e da alface

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
14/11/2014 | 07:22
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O consumidor que for às compras nesta semana terá de preparar o bolso, pois a cesta básica está R$ 5,84 mais cara, alta de 1,32%. Passou a custar R$ 448,70. O aumento foi puxado pelos preços do tomate, da batata e da alface, que dispararam nos últimos sete dias.

A pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) avalia os gastos mensais com a compra de conjunto de 34 itens (alimentos industrializados, hortifrúti, produtos de higiene pessoal e limpeza doméstica) necessários para o consumo mensal de família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.

O custo do quilo do tomate subiu 31,21%, e o fruto encareceu quase R$ 1 na semana, passando de R$ 3,14 para R$ 4,12. A segunda maior alta ficou por conta da batata, que teve seu preço incrementado em 26,73% (R$ 0,54), e o quilo passou de R$ 2,02 para R$ 2,56. Na sequência aparece a alface, cuja unidade aumentou de R$ 1,57 para R$ 1,88, elevação de 19,75% (R$ 0,31).

“Não fossem esses três itens, o custo da cesta básica ficaria estável”, afirma o engenheiro agrônomo da Craisa Fábio Vezzá De Benedetto. “Essa grande oscilação de valores de uma semana para outra se deve tanto à intensa diferença de preços – e qualidade dos produtos – de um supermercado para outro como ao aumento do consumo devido ao calor, ao mesmo tempo em que a oferta é menor por conta da estiagem prolongada e dos decorrentes problemas desse cenário, que requer mais irrigação e, mesmo assim, gera menor produtividade.”

A boa notícia é que o preço do leite está caindo, destaca Benedetto. O litro é vendido, em média, a R$ 2,11 – 3,65% (R$ 0,08) menos que na semana passada. O quilo do pão também está 2,35% mais em conta (R$ 0,20), custando R$ 8,30. “Ambos os produtos estavam muito caros já há algum tempo, o que pode ter inibido o consumo. No caso do leite, existem muitas marcas no mercado, o que eleva a competitividade e pode contribuir para reduzir o preço. No do pão, antes o quilo no supermercado era de fato mais barato que nas padarias, mas, hoje, é equivalente”, justifica.  




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