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Conselho de Ética pede expulsão de Maranhão

Único prefeito tucano do Grande ABC decidiu apoiar Dilma, ato imperdoável pelo PSDB

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
14/11/2014 | 07:01
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Andréa Iseki/DGABC


O Conselho de Ética do PSDB paulista se reuniu na noite de ontem e pediu expulsão ao prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, por ele ter apoiado a campanha que reelegeu a chefe da Nação, Dilma Rousseff (PT). O relatório será encaminhado ao mandatário da legenda no Estado, deputado federal Duarte Nogueira, que chamará os integrantes do diretório para julgar, em data a ser definida, o destino do único tucano a comandar Prefeitura no Grande ABC.

A postura de Maranhão foi considerada falta grave imperdoável, de acordo com o estatuto tucano. A tese foi reforçada pela fato de o prefeito de Rio Grande da Serra, em carta de defesa, não ter negado apoio e participação na campanha do PT, principal adversário político do PSDB. “Quando um filiado comete falta grave, a recomendação é para que ele seja expulso. Foi o que nós decidimos e vamos encaminhar o relatório ao Duarte Nogueira para julgar o caso junto ao diretório”, explicou o presidente do Conselho de Ética da sigla, José Alves.

Maranhão disse que não vai se pronunciar sobre a decisão até receber o resultado do veredicto do Conselho de Ética formalmente. “Seria precipitação da minha parte tecer qualquer comentário sobre este caso no momento”, disse.

O tucano, no entanto, se manteve fiel à postura declarada no período eleitoral. “Volto a repetir que tenho reconhecimento pelas pessoas que ajudam Rio Grande da Serra. Independentemente da sigla partidária, sempre vou enaltecer essas pessoas. É o meu estilo de fazer política e não vou mudar, vou sempre honrar meus compromissos”, afirmou o prefeito, que teve o projeto de construção de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) aprovado pela presidente Dilma com articulação do ex-ministro da Saúde e candidato derrotado ao governo do Estado Alexandre Padilha (PT).

O senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB), candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo também senador Aécio Neves (PSDB), chegou a dizer que entendia a postura de Maranhão. O parlamentar argumentou que a decisão do correligionário foi tomada por pressão do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que estaria condicionando o recebimento de recursos federais ao apoio a Dilma.

A presidente venceu a disputa no município nos dois turnos. Na primeira etapa conquistou 36,78% dos votos válidos. Na segunda, chegou a 50,62%.

O chefe do Executivo destacou ter contribuído para a campanha de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Fico muito feliz, porque o governador esteve na minha cidade e saiu vencedor da eleição, merecidamente. Tenho documentos que provam isso (apoio ao chefe do Palácio dos Bandeirantes, junto com o deputado estadual Orlando Morando)”, argumentou.




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