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Martelinho registra marca e move ações contra oficinas
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
06/07/2010 | 07:00
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A funilaria artesanal nascida na década 1980 em São Bernardo, conhecida popularmente no como Martelinho de Ouro, estruturou-se para virar grande negócio, principalmente depois que a patente da marca foi concedida a um de seus precursores, o funileiro Pedro Santana, conhecido como Pedrinho, em 2005, após nove anos de espera.

Com a documentação em mãos e o plano de franquias desenhado, o diretor Edvaldo Santana, filho do fundador, e a consultoria de Cia de Franchising, batem às portas de centenas de oficinas que estampam na fachada a expressão para convencer os proprietários a virar franqueado ou abandonar a marca.

"Esta não é uma tarefa fácil, tanto que existem mais de 300 ações judiciais contra oficinas no Estado de São Paulo em andamento", relata o diretor da franqueadora. O primeiro passo é mostrar para o dono do estabelecimento que a marca passa credibilidade e aderindo à rede ele poderá continuar sendo referência.Caso a oferta seja recusada, o passo seguinte é notificar a oficina para que o nome ‘Martelinho de Ouro' seja retirado em sete dias, quando isso não ocorre a Justiça é acionada.

A arte desamassar a lataria sem danificar a pintura nasceu dentro das montadoras - Pedrinho, inclusive foi funileiro de acabamento na Volkswagen durante muito tempo -, mas o ofício se espalhou pelo território nacional e existem até redes com mais de 20 oficinas, como em Curitiba (PR).

PLANO - Mesmo com o registro no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), a rede Martelinho de Ouro ainda não conseguiu converter nenhuma oficina para usar sua marca regularmente. Entretanto, existem quatro contratos em andamento para aberturas de unidades em Recife (PE), Salvador (BA), Campinas e Sorocaba, ambas no Interior paulista.

Além disso, a franqueadora abrirá neste ano uma loja-modelo no Extra Anchieta, em São Bernardo. São duas opções de negócio, sendo que uma contempla o serviço artesanal mais polimento com investimento de R$ 144 mil e a outra oferece apenas serviço de pintura básica pelo aporte de R$ 227 mil. Para ambos é preciso desembolsar taxa de franquia de R$ 35 mil.

De acordo com Santana, a meta é vender dez unidades até o fim deste ano e a expectativa é atingir faturamento de R$ 1,5 milhão, cifra que corresponde a incremento de 30% em relação a 2009. "Pensamos em certificar a franquia futuramente com o selo ASE, específico para o setor, além de usar produtos que agridam menos o meio ambiente", finaliza.




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