O Brasil passou da oitava posição no recebimento de IED (Investimentos Estrangeiros Diretos) em economias emergentes em 2006, para a quarta posição em 2007. A informação consta no World Investment Report de 2008, da Unctad (sigla em inglês para Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) que é divulgado em 60 países.

No estudo anterior, antes da atualização dos dados fechados do ano, o Brasil constava na quinta colocação em 2007. Nos dois anos a que se referem o relatório em questão - 2006 e 2007 - a China está na liderança, atraindo US$ 72,7 bilhões e US$ 83,5 bilhões, respectivamente.

O segundo posto foi mantido por Hong Kong, que recebeu US$ 45,1 bilhões no primeiro ano e US$ 59,9 bilhões no segundo. A terceira posição continua com a Rússia (US$ 32,4 bilhões e US$ 52,5 bilhões).

Já a quarta colocação, que era de Cingapura, está ocupada agora pelo Brasil (US$ 34,6 bilhões). Em 2006, quando estava em oitavo lugar, o Brasil havia recebido US$ 18,8 bilhões em investimentos.

O presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais), Luís Afonso Lima, avaliou o aumento. "O petróleo e as commodities colaboraram para o crescimento do IED".

O índice cresceu 83,7% de 2006 para 2007, taxa quase três vezes maior do que o valor de expansão dos investimentos no mundo.

O presidente da Sobeet lembrou que, no acumulado do ano até agosto, os investimentos já somam US$ 24,6 bilhões e que o próprio Banco Central, responsável pela divulgação dos números, prevê um saldo de US$ 30,4 bilhões até setembro. "Dessa forma, para atingir os US$ 35 bilhões este ano - projeção estimada -, basta um saldo mensal de US$ 1,4 bilhão, menos da metade do que foi visto até agora", calculou Lima.