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Mais de 60 mil vão à festa da Força em Santo André
Gislayne Jacinto e Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
28/04/2002 | 20:23
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Pelo menos 60 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, participaram neste domingo da festa de comemoração ao Dia do Trabalho, realizada pela Força Sindical, na avenida Firestone, em Santo André. Entre shows de artistas do momento, como Leonardo, Robinson, Marlon & Maicon, os trabalhadores presentes concorreram a vários prêmios e ainda receberam mensagens dos líderes da entidade, que sugeriram reflexão na hora de votar e reivindicaram segurança e mais oportunidades de emprego. Durante o evento no Grande ABC, a Força sorteou três carros Celta 0km, dois televisores, dois microsystems, duas geladeiras e um fogão.

Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a decisão de incluir um município do Grande ABC entre os escolhidos para realizar o evento deve-se ao alto número de sindicatos presentes na região. “No Grande ABC, temos 19 filiados, além de duas bases, que representam os padeiros e os borracheiros.” Além disso, Paulinho afirmou que dos 500 mil trabalhadores com carteira assinada da região, 280 mil são filiados à Força.

Segundo o líder sindical, atualmente, o trabalho da Força está bastante voltado para a massa desempregada da população e, por meio do evento, consegue-se levar mensagens e unir a força destes diversos públicos. “Trabalhamos com crianças de rua até aposentados, o que vem nos garantindo maior atuação no Grande ABC.”

Para Paulinho, o crescimento da Força nos municípios da região mostra, ainda, que o sindicato está acompanhando a globalização. “Ou seja, precisamos defender o trabalhador, protestar sem atrapalhar a vida da população, repensando as greves e, ainda, abrir espaços para a prestação de serviços por meio de cursos para os desempregados, além de ações como, por exemplo, garantia de facilidades para a compra de remédios. Tudo é um grande aprendizado.”

Trajetória – Os primeiros encontros da Força para comemorar o Dia do Trabalho, segundo Paulinho, reunia cerca de 200 sindicalistas “para falar mal do empresariado”. Há seis anos, a Força começou a mudar sua estratégia. Primeiro optou por contratar artistas por cachês de cerca de R$ 100 mil para as festas que eram exclusivas para os filiados. Em 1998 a entidade decidiu reverter os valores despendidos com cachês em prêmios para os associados presentes no encontro. Naquele ano, a festa foi realizada no Pacaembu. “E ficou mais gente do lado de fora do que dentro”, disse.

Em 1999, o 1º de Maio da Força teve a mesma repercussão. Reuniu cerca de 150 mil pessoas, desta vez no Anhembi. Foi em 2000 que a Força projetou o evento pela primeira vez nos mesmos moldes utilizados hoje: abriu a festa do Dia do Trabalho para a sociedade em geral, acertou parcerias com veículos de comunicação (para a presença de artistas) e empresas (para o patrocínio dos prêmios), reunindo, aproximadamente, 1 milhão de pessoas no evento. Já em 2001, foram 1,5 milhão de presentes.

A novidade deste ano, segundo Paulinho, deve-se ao fato de o evento ser descentralizado. “Gastamos R$ 1 milhão para realizar festas em Campinas e Osasco ontem (sábado) e hoje (domingo), em Santo André e Guarulhos.” O encerramento será no dia 1º de maio, a partir das 7h, na praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo, mesmo local do evento do ano passado.




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