Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a decisão de incluir um município do Grande ABC entre os escolhidos para realizar o evento deve-se ao alto número de sindicatos presentes na região. “No Grande ABC, temos 19 filiados, além de duas bases, que representam os padeiros e os borracheiros.” Além disso, Paulinho afirmou que dos 500 mil trabalhadores com carteira assinada da região, 280 mil são filiados à Força.
Segundo o líder sindical, atualmente, o trabalho da Força está bastante voltado para a massa desempregada da população e, por meio do evento, consegue-se levar mensagens e unir a força destes diversos públicos. “Trabalhamos com crianças de rua até aposentados, o que vem nos garantindo maior atuação no Grande ABC.”
Para Paulinho, o crescimento da Força nos municípios da região mostra, ainda, que o sindicato está acompanhando a globalização. “Ou seja, precisamos defender o trabalhador, protestar sem atrapalhar a vida da população, repensando as greves e, ainda, abrir espaços para a prestação de serviços por meio de cursos para os desempregados, além de ações como, por exemplo, garantia de facilidades para a compra de remédios. Tudo é um grande aprendizado.”
Trajetória – Os primeiros encontros da Força para comemorar o Dia do Trabalho, segundo Paulinho, reunia cerca de 200 sindicalistas “para falar mal do empresariado”. Há seis anos, a Força começou a mudar sua estratégia. Primeiro optou por contratar artistas por cachês de cerca de R$ 100 mil para as festas que eram exclusivas para os filiados. Em 1998 a entidade decidiu reverter os valores despendidos com cachês em prêmios para os associados presentes no encontro. Naquele ano, a festa foi realizada no Pacaembu. “E ficou mais gente do lado de fora do que dentro”, disse.
Em 1999, o 1º de Maio da Força teve a mesma repercussão. Reuniu cerca de 150 mil pessoas, desta vez no Anhembi. Foi em 2000 que a Força projetou o evento pela primeira vez nos mesmos moldes utilizados hoje: abriu a festa do Dia do Trabalho para a sociedade em geral, acertou parcerias com veículos de comunicação (para a presença de artistas) e empresas (para o patrocínio dos prêmios), reunindo, aproximadamente, 1 milhão de pessoas no evento. Já em 2001, foram 1,5 milhão de presentes.
A novidade deste ano, segundo Paulinho, deve-se ao fato de o evento ser descentralizado. “Gastamos R$ 1 milhão para realizar festas em Campinas e Osasco ontem (sábado) e hoje (domingo), em Santo André e Guarulhos.” O encerramento será no dia 1º de maio, a partir das 7h, na praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo, mesmo local do evento do ano passado.
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