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Argentina abaixo de zero
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
24/07/2008 | 07:09
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Nem tudo o que é raro custa mais caro. Com o dólar em baixa e os rumores do aquecimento global, a neve - cada vez mais escassa - ganhou status de ouro branco, mas nem por isso as estações de esqui do Chile e da Argentina se tornaram menos acessíveis aos bolsos dos brasileiros. Muito pelo contrário: a desvalorização da moeda do Tio Sam frente ao real tem levado um número crescente de viajantes verde-amarelos a descobrir o ‘barato' dos esquis e das pranchas de snowboard, transformando algumas localidades em autênticas extensões do território tupiniquim.

As badaladas Valle Nevado, no Chile, e Bariloche, na Argentina, que o digam. Na primeira, cerca de 70% dos visitantes são brasileiros. Para agradá-los, o centro de esqui sediou pela primeira vez o Campeonato Brasileiro Amador de Esqui e Copa Snowboard, além de organizar churrascos na pista, jantares com chefs brasileiros renomados e festas com DJs. Já a segunda foi até apelidada de Brasiloche, tamanha a quantidade de turistas verde-amarelos que aportam na região à procura da neve que falta por aqui.

Além de programações criadas exclusivamente para cair no gosto dos brasileiros, os nossos hermanos latino-americanos apresentam algumas vantagens indiscutíveis em comparação com os centros de esqui europeus e norte-americanos: os funcionários não renegam quem não domina o idioma local - alguns, inclusive, se esforçam para falar português - e a proximidade com o Brasil garante preços bem mais em conta na hora de calcular o valor total da viagem.

Mas é preciso correr para garantir os melhores pacotes: embora a temporada se estenda até outubro, a procura é grande e quem demorar para escolher corre o risco de acabar ficando com as opções de hospedagem mais ‘salgadas'.

Os mais cobiçados centros de esqui chilenos são os de Valle Nevado, Chillán, Portillo e Pucón. Já na Argentina, além de Bariloche, destacam-se as pistas de Las Leñas, Chapelco, La Hoya e Cerro Castor. Cada qual tem lá suas peculiaridades. Enquanto Portillo goza de piscina com vista para os Andes, por exemplo, Pucón oferece passeios por vulcões e Cerro Castor faz o maior sucesso às custas de sua gôndola.

Mas, seja qual for o destino escolhido, não faltarão flocos de gelo, noites animadas, pistas para todos os níveis de habilidade com os esquis, fondues regados a um bom vinho de frente para a lareira e histórias de tombos na neve para contar. Além, é claro, de muito conforto.




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