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Criada há dez dias, comissão da ETCD segue no papel
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
17/12/2011 | 07:56
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Formada para encontrar solução para o impasse dos ex-funcionários da ETCD há dez dias, a comissão de vereadores e servidores da autarquia ainda não conseguiu agendar reunião com o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT). O grupo quer pressionar o chefe do Executivo para que a administração pague benefícios da rescisão contratual.

Motoristas e cobradores da ETCD reclamam que o governo não vai incluir a quitação de abonos salariais em período de férias e o pagamento de aviso prévio de 90 dias - os gestores da empresa de transportes adotaram a legislação antiga, de 30 dias.

Os ex-funcionários questionam também a falta de abertura de diálogo entre eles e a Prefeitura. Dizem que, depois da privatização da ETCD, Reali lavou as mãos para defender direitos trabalhistas. A comissão de vereadores foi constituída há dez dias para aproximar os lados e evitar que a briga entre na seara judicial.

"Estamos tentando contatar o pessoal do governo. O Orlando Vitoriano (vereador e líder da administração na Câmara) não atendeu nossos telefonemas durante a semana e não temos notícias de quando poderemos nos reunir com o prefeito. Fica complicado", disparou a vereadora Irene dos Santos (PT), que encabeça a comissão, formada também por Talabi Fahel (PR), José Dourado (PSDB), Célio Boi (PSB) e Edmilson Cruz (PMDB), além do próprio Vitoriano.

O petista alegou compromissos pessoais quando questionado sobre o sumiço. E disse que Reali não retornou da viagem, por isso o encontro não foi agendado. "Conversei com os assessores dele, que já sabem que precisamos discutir esse problema com urgência. A reunião está marcada na agenda dele. Assim que o Mário voltar, sentaremos para falar sobre o assunto", afiançou. 

PROCESSO SELETIVO

Outro questionamento dos funcionários se refere à contratação dos servidores pela Transportadora Benfica, empresa que venceu a licitação para administrar as linhas antes pertencentes à ETCD. Reali firmou compromisso com os ex-trabalhadores da autarquia que a Benfica iria readmitir a maioria dos funcionários, fato que não se concretizou.

A Benfica informou que não reabrirá o processo de seleção. O prefeito, porém, disse que tentará forçar novas provas de contratação.




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