De janeiro a junho deste ano, os veículos zero quilômetro ficaram, na média, 2,6% mais caros nas lojas. O aumento que varia de acordo com o modelo do carro. Exemplo disso é o Gol, da Volkswagen. O preço do modelo 1.6, bicombustível de quatro portas saltou de R$ 34.990, em janeiro, para R$ 36.713 no mês passado. O aumento no período foi de 4,9%. O Celta Life, da GM, 1.0 e três portas teve menor elevação de janeiro a junho - 0,7%. O valor subiu de R$ 26.748 para R$ 26.924.

O valor médio dos reajustes é inferior à inflação registrada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o IGP- M(Índice Geral de Preços de Mercado), que estão acumulados no ano em 2,88% e 6,81% respectivamente.

Os aumentos, no entanto, podem não ser percebidos pelos consumidores. Isso porque, segundo o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, o aumento não está sendo praticado nas concessionárias. "O preço sugerido na tabela pela montadora não está sendo praticado porque com a concorrência, as lojas não estão repassar este valor para não perder clientes". Ele afirma ainda que as concessionárias podem também negociar o valor do carro com a montadora, baixando o preços conforme quantidade adquirida.

A gerente comercial da concessionária Avel de São Bernardo, Ednéia Vedovato, afirma que os preços sugeridos pela Volkswagen subiram, em média, 3% nos seis primeiros meses do ano. "Mas para o cliente nada mudou porque estamos oferecendo uma série de descontos e promoções constantes". Ela lembra ainda que no estado de São Paulo, a comercialização de carros é mais barata que em outros estados.

A dica da gerente da Avel, para quem procura um carro novo é pesquisar preços.