Política Titulo Colisão
Socialistas divergem sobre a aliança com o PSDB em 2012

Vereadores pregam autonomia do diretório local para definir os rumos na eleição

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
17/12/2011 | 07:49
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A possibilidade de aliança entre PSB e PSDB em 2012 segue repercutindo entre os socialistas de São Bernardo. Os vereadores Ary de Oliveira, Sérgio Demarchi e Antonio Cabrera, que entraram em rota de colisão com o presidente estadual da legenda, Márcio França, quando faziam oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT), têm posições distintas quando o assunto é a união com os tucanos, defendida pelo mandatário paulista.

A nova costura política de França seria maneira de agradar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), já que o socialista comanda a Secretaria de Turismo. Em São Bernardo, as duas siglas caminharam juntas na eleição de 2008, na chapa encabeçada por Orlando Morando (PSDB), com Edinho Montemor (na época no PSB) como vice.

O presidente municipal do partido, Luis Carlos Heredia, discorda das declarações de França, considerando que a parceria com os tucanos não foi harmoniosa. Heredia ameaçou até se licenciar do cargo se a parceria em 2012 for definida por cima, pela estadual. Já o presidente do PSDB, Admir Ferro, se mostra favorável à parceria.

Sérgio Demarchi considera que não houve atritos quando PSB e PSDB estavam juntos. E avalia que o diretório deve ter liberdade para deliberar suas decisões, mas evita entrar em polêmica com Márcio França. "Ele é abalizado em suas opiniões. Se a decisão vier, não há o que contestar."

Ary de Oliveira segue na mesma linha. Para ele, não houve contratempo na aliança com o PSDB há três anos. A coligação proporcional, por exemplo, elegeu oito vereadores (cinco do PSB e três do PSDB). "Se for melhor para o partido, que seja feito, Mas o diálogo deve existir", sugere.

Antonio Cabrera é o único que destoa do grupo. "Não sabemos o que está acontecendo no PSDB. Nós entendemos que o PSB está mais organizado." Segundo o parlamentar, Márcio França tem de respeitar o diretório local. "Não é uma ditadura. Vamos ouvi-lo, mas ele tem de ouvir a gente também."

Apesar disso, Cabrera diz que mantém bom relacionamento com o presidente estadual do PSB. Para ele, Márcio França está certo em buscar aliança com o PSDB, mas não deve descartar união com o PT. "A única certeza até o momento é a candidatura do PT (de reeleição de Marinho)."

Além das possibilidades de se aliar com PSDB ou PT, Márcio França chegou a cogitar chapa própria ao Paço, mas essa alternativa está mais distante.




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