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Brasil e México devem fechar acordo em breve
Do Diário do Grande ABC
25/04/2000 | 15:58
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Um acordo comercial preliminar entre o Brasil e o México para a importaçao de veículos será formalizado nesta semana e deverá entrar em vigor nos próximos dias, disse Eduardo Solis, negociador-chefe do governo México para a América Latina, em entrevista ao jornal britânico Financial Times.

O acordo válido por dois anos assinado na semana passada no México é o precursor de um acordo mais abrangente de tarifas preferenciais que os dois países pretendem selar mais para o final deste ano. Solis disse que esse futuro acordo, embora bastante modesto, estabelece o cenário para um acordo comercial do México com o Mercosul.

Segundo o Financial Times, o terreno já foi preparado pelo menos no que se refere à indústria automotiva, que é de longe o item prioritário de exportaçoes entre os dois lados. Brasil e México sao os maiores fabricantes de veículos da América Latina, com uma produçao conjunta de 3,5 milhoes de carros por ano.

O acordo preliminar para o setor automotivo prevê que cada país poderá exportar 40 mil veículos no primeiro ano, com uma tarifa de 8%. No segundo ano, a cota de exportaçao será elevada para 50 mil veículos com a condiçao de que o México poderá exportar um excedente de veículos no terceiro ano caso nao preencha sua cota no ano anterior.

"Concordamos em continuar as negociaçoes relativas ao setor automotivo como parte de um acordo maior, porque ainda nao há ainda uma real abertura do setor e logicamente essa abertura é parte das negociaçoes", afirmou Solis.

Duas novas rodas de negociaçoes foram agendadas pelos dois países - a primeira em meados de maio em Brasília e a segunda e meados de junho na Cidade do México. Segundo Solis, as negociaçoes estao entrando numa fase crucial e cerca de 30-40% dos fundamentos para um acordo tarifário já foram completados.

México e Brasil estao avaliando uma lista de 1.200 itens sujeitos a tarifas preferenciais, que incluem produtos agrícolas aço e material fotográfico. O acordo deverá também incluir sobre resoluçoes de conflitos, tornando-o muito mais abrangente do que tratados anteriores selados no âmbito da Associaçao Latino Americana de Integraçao (Aladi).

O comércio entre os dois países movimenta cerca de US$1 bilhao por ano. "Esse acordo pretende resgatar as relaçoes comerciais entre as duas maiores economias da América Latina", afirmou Solis.




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