Durante a coletiva de imprensa que encerrou o ano de atividades para a Renault do Brasil, a marca comemorou os resultados de 2011.

"Cravamos o melhor desempenho de vendas da Renault do Brasil", disse Jean Michel Jalinier, que deixa o cargo de presidente da marca no País para se dedicar ao comando da Renault Sport F1. A partir de 1º de janeiro, Olivier Murguet assume a cadeira da presidência da montadora de origem francesa.

Dentre as comemorações, Jalinier frisou os pilares do sucesso deste ano: "Dentre os 12 lançamentos que tivemos em 2011, destacamos a adaptação da opção de câmbio automático para Sandero, Logan e Sandero Stepway, além da chegada do utilitário esportivo Duster, que já no primeiro mês de vendas ultrapassou o concorrente direto em 1.121 unidades, assumindo a liderança do segmento", disse. Esse número coloca o Brasil como o segundo maior mercado do Duster, atrás somente da França.

Para garantir a liderança do modelo (mesmo com o novo Ford EcoSport, que não deve demorar a chegar), o executivo acredita que a renovação da gama manterá a marca à frente da concorrência."

Outro ponto importante foi a inauguração de 28 revendas no Brasil, totalizando 204 concessionárias. Número relevante para quem pretende fechar o ano com 5,6% de participação no mercado nacional.

Ainda falando em números, a Renault do Brasil registrou 21,6% de crescimento entre janeiro e novembro - comparado com o mesmo período do ano passado - resultado cinco vezes maior que a alta de 4,3% do mercado nacional. Vale lembrar que, no último mês, a marca bateu 7,2% de participação nas vendas, o maior da história.

Já para o ano que vem, a meta é chegar a 6,5% de participação. Segundo a Anfavea, a expectativa é de que o mercado cresça pouco mais de 4%, com, aproximadamente, 3,8 milhões de unidades vendidas.

METAS

Em 2012, parte do R$ 1,5 bilhão investido pela Renault entre 2010 e 2015 (R$ 500 milhões, só para elevar a produção da fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, em mais 100 mil unidades/ano) terá como destino a renovação da gama, a ampliação da rede de concessionárias e da produção de veículos, novos centros de engenharia e treinamento, além de sete lançamentos ao longo do ano, dentre reestilizações, séries especiais e novos produtos, o que, segundo a montadora, deve ocorrer a partir de março.

Sobre a importação dos modelos elétricos da família ZE (de Zero Emission, emissão zero, em português) para cá, Jalinier afirmou que a viabilidade está prevista para 2013, data em que deve se concretizar outra aposta da marca: produzir um novo veículo pequeno no complexo paranaense.

Há quem diga que será o novo Clio. Nada foi confirmado pela montadora, mas é fácil supor que a Renault (que vem preferindo disputar o segmento de grande volume) queira bater de frente com outros populares que estão prestes a chegar no País, como o novo veículo global feito pela Ford na planta de São Bernardo que, provalvemente, aposentará o Ford Ka e o Fiesta. É esperar para ver.