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Se você é daqueles que prefere andar de bermuda e camiseta enquanto toda a cidade está encapotada, não se sinta excluído: isso é normal na adolescência. A grande descarga de hormônios que ocorre nessa fase, provocando mudanças químicas e físicas no corpo, podem influenciar a sensação de frio ou calor.
Mas não é só isso. A alienação e a vontade de ser diferente podem determinar a intensidade do que sentimos. Assim, enquanto a maioria sobrevive com aquecedor e cobertores, essa galera prefere ficar com os braços de fora. Situação semelhante ocorre na menopausa, quando a redução de hormônios faz com que a mulher sinta mais calor do que de fato está.
Os gêmeos Ricardo e Roberto Barrotte, 13 anos, de São Bernardo, são iguais só na aparência. Em geral, um morre de frio e o outro abre mão de qualquer agasalho. "Parece até que ele não sente nada, quase nunca está com frio", explica Roberto, que prefere ficar embaixo do cobertor enquanto o irmão sai para jogar bola. Ricardo se justifica. "Não gosto de usar muita roupa, incomoda."
No entanto, passar frio demais faz mal, pois o corpo precisa manter a temperatura interna em torno de 37ºC. Se baixar muito, a gente perde calor e pode ter hipotermia, o que aumenta a frequência cardíaca e respiratória e acelera o metabolismo, podendo ocasionar desmaios. Só um isolante térmico, como agasalho ou cobertor, pode impedir que o organismo perca calor.
Até mesmo na hora de fazer exercícios é bom ficar atento à própria temperatura. O indicado é começar a atividade com blusão e tirá-lo conforme o corpo esquenta. "Esse calor vai fazer com que a pessoa sinta necessidade de, aos poucos, tirar algumas peças de roupa, o que não impede que em algum momento ela fique só de camiseta e calção", explica o fisiologista Raul Oliveira, da Unifesp. No entanto, ao término do exercício, tem de tomar banho quente e colocar roupas adequadas para se aquecer. Se não der para se banhar na academia, é indicado usar agasalho até chegar em casa.
Juliana Apude, 17, de Santo André, sempre usa blusa de frio para ir à academia, mas lá dentro não consegue ficar com ela. "O corpo esquenta rapidinho. Só coloco na hora de voltar para casa."
Não passe frio, abuse da criatividade
Não há nada mais fora de moda do que passar frio ou calor só para ficar bonito, segundo a consultora de moda Juliana Verri. Para evitar deslizes no estilo, a regra agora é juntar tudo para ficar mais legal, sem aposentar shortinhos, saias e vestidos. Por isso, a ordem fashion para o inverno é saber usar a criatividade e o bom-senso na hora de se vestir. O look pode ficar incrível ao combinar segunda-pele por baixo do vestido ou blusa de alcinha e bota com minissaia, sem esquecer da meia-calça, que faz o papel de melhor amiga nesta temporada fria. Com várias opções de cores, estampas e espessuras, o item pode agradar a todos os gostos. E o melhor: combina com qualquer peça, até mesmo tênis ou sapatilha.
Em ocasiões formais, que exigem produção mais elaborada, a dica é abusar dos echarpes e estolas. Arremate a produção com meia-calça e sapatos que respeitem a proposta da roupa. Os meninos têm mais facilidade para se proteger do frio. Jeans é o coringa para todos os momentos. Pode ser usado com blusa de lã ou moletom e tênis no dia a dia, ou com sapatênis e pólo para uma ocasião especial, da balada à festa em família. Casamentos? É só escolher um paletó do pai ou do tio e substituir o tênis pelo sapato.
Organismo precisa de mais proteção
No inverno é preciso ficar mais atento aos cuidados com o corpo. Por causa do frio, o sangue fica mais concentrado na parte central, liberando mais calor, e há menor circulação nas extremidades como orelha, nariz, mãos e pés, que ficam mais frios. Para aquecê-las, nada melhor do que toucas, luvas e meias. Também não dá para esquecer de usar creme hidratante, porque a menor umidade do ar resseca a pele, e lembre-se de tomar muita água para manter o corpo hidratado. Mesmo não fazendo calor, precisa usar protetor solar. O sol continua a aparecer e alguns raios são perigosos.
A preocupação com o cabelo deve ser a mesma. Muitos acham que não é necessário lavá-los com a mesma frequência porque não sua tanto. A higiene não pode diminuir, principalmente porque a gente fica mais tempo em locais fechados, cheios de microrganismos, que podem transmitir doenças. Mas não abuse da água: nada de ficar o dobro do tempo embaixo do chuveiro nem deixá-la escorrendo para esquentar o banheiro antes de entrar no banho. Sem esquecer que a água não pode ser muito quente, pois prejudica a pele e pode deixá-la desprotegida.
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