Os produtos mais consumidos no Brasil 10 anos atrás - um antiinflamatório, um calmante e um antibiótico - são praticamente os mesmos de hoje, indicando que os brasileiros se mantiveram distantes de novidades e modismos que são líderes mundiais de vendas, diz o estudo.

Mas na última medição, em março deste ano, o Viagra ocupou a liderança indiscutível de vendas, com um faturamento, segundo o Instituto IMSHealth, citado pelo jornal, de US$ 5 milhões, o que está convencendo os produtores a começar a fabricá-lo no país. Aquele que era o remédio mais vendido no Brasil, o antiinflamatório Cataflan, alcançou os US$ 4,7 milhões. O país está na contramão do que acontece no resto do mundo, onde cada vez mais são consumidos medicamentos patenteados e de uso contínuo.

Alguns produtos permanecem líderes no Brasil devido à "automedicação e ao alto grau de fidelidade dos médicos brasileiros às marcas", opina o gerente de novos negócios do laboratório Biosintética, Wolney Alonso. Ainda que "até agora o mercado farmacêutico brasileiro tenha sido muito estável, a venda de genéricos - amplamente apoiada pelo governo - transformará o negócio", afirma o gerente geral de monitoramento de mercado da Agência de Vigilância Sanitária, Pedro Bernardo.