Economia Titulo Primeira necessidade
Por causa da seca, itens da salada elevam custo da cesta em outubro na região

Conjunto de 34 produtos básicos encarece R$ 6,54 e passa a valer R$ 443,10, em média

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/10/2014 | 07:05
Compartilhar notícia


A falta de chuvas foi responsável pela alta de 1,50% no preço da cesta básica em outubro na região. Pelo levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o conjunto de itens de primeira necessidade subiu, em média, R$ 6,54 no mês, na comparação com setembro, passando a custar R$ 443,10 – valor que corresponde ao gasto mensal de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) para aquisição de alimentos in natura, industrializados e produtos de higiene pessoal e limpeza doméstica.

Lideraram as altas dois itens da salada: o tomate e a alface. O preço do fruto aumentou 32%, em média, no mês (para R$ 3,85 o quilo), enquanto o da verdura subiu 19% (foi a R$ 1,72 a unidade). Segundo o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, o comportamento desses preços se deveu à estiagem, que segue castigando as lavouras e prejudicando a colheita. Com isso, a oferta se reduz e os valores sobem.

A seca também influiu no custo do frango e da carne bovina – de primeira, que no caso da pesquisa da Craisa, a referência é o coxão mole, subiu 5,20%, para a média de R$ 19,92 o quilo. Por sua vez, a ave (inteira resfriada) teve reajuste médio de 3,64% (para R$ 5,50 o quilo). Isso porque, com o pasto castigado pelo tempo sem chuvas, os produtores são obrigados a ampliar os gastos com ração, para alimentar o gado, o que eleva o custo da carne do boi e, com a busca de consumidores por alternativas, como o frango, esses itens, mais demandados, também têm valorização.

A cesta só não ficou mais cara porque alguns produtos hortifrúti, que já tinham sofrido forte valorização nos últimos meses, tiveram recuo em outubro, por causa da melhora climática em regiões produtoras, no Paraná e em Santa Catarina. Foi o caso da batata, que chegou a custar R$ 5 o quilo em abril e agora é encontrada, em média, por R$ 1,30, recuo de 8% no mês; e também da cebola, que hoje está custando em torno de R$ 1,90 o quilo, queda de 15%.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;