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Consumidor gasta mais em S.Caetano
Alexandre Melo
Tauana Marin
09/01/2011 | 07:31
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Tiago Silva/DGABC


Morar em São Caetano, cidade com maior renda per capita da região, de R$ 75,6 mil anual, implica em desembolsar mais no momento de comprar os artigos escolares para os filhos. Uma lista básica elaborada pelo Diário e pesquisada em 16 papelarias do Grande ABC aponta que o município tem o maior preço em relação aos demais.

A lista formada por 16 itens básicos e unitários sai por R$ 100,30, em média, nos estabelecimentos são-caetanenses. Na sequência está São Bernardo, cujo orçamento fica em R$ 97,11. Em Santo André os pais vão pagar em média R$ 93,05. Os mauaenses devem gastar R$ 70,55 e quem mora em Diadema, R$ 69.

No caso de Ribeirão Pires, os preços também são equivalentes à renda média anual da população, a menor entre as cidades pesquisadas, de R$ 14,5 mil, visto que o valor médio da cesta de produtos é de R$ 45,10 - diferença de 122% na comparação com o preço de São Caetano.

Os itens que mais pesam na lista dos alunos são fichário, pacote de folha sulfite, caderno universitário e lápis de cor, respectivamente (veja tabela acima). Vale destacar que os itens pesquisados têm valores médios entre os mais baratos e caros, ou seja, não foram considerados os objetos personalizados, geralmente mais desejados pelas crianças.

VARIAÇÕES - A régua acrílica de 30 centímetros registra a maior variação entre as cidades. Ao considerar o preço médio entre os seis municípios, de R$ 1,61, os bazares são-bernardenses são os que cobram mais caros, pelo artigo, média de R$ 3,80, ou 136,3% mais salgada para os bolsos dos pais.

A caixa de lápis de cor com 12 unidades ocupa a vice-liderança na lista verificada pela reportagem. Sua diferença alcança 93,1% em São Caetano, onde o item é comercializado a R$ 10,70. Este produto é encontrado em diferentes preços, devido à grande variedade disponível no mercado. Fica a gosto e bolso do consumidor escolher o produtos mais adequado.

Mesmo tendo a segunda cesta mais barata, Diadema apresentou diferença no preço da tinta guache (caixa com seis unidades) de 65,5%. O preço do produto gira em torno de R$ 5,35.

ENTRE MUNICÍPIOS - Comprar um fichário em Ribeirão Pires gera economia de R$ 41 em relação ao valor praticado em São Caetano. Isso representa disparidade de 630,8%. Enquanto as lojas ribeirão-pirenses cobram, em média, R$ 6,50 pelo produto, a cidade com maior renda per capita vende o item por R$ 47,50. Essa comparação só reforça a importância de os consumidores pesquisarem bastante antes de comprar os produtos.

Enquanto isso, a menor diferença de um item, a caneta, foi encontrada entre Santo André e Mauá. A esferográfica custa R$ 0,75 em território andreense e R$ 0,50 em Mauá, variação de 50%.

 

Redes parcelam em até 18 vezes no cartão

Para conquistar o consumidor que está sem fôlego para comprar os itens da lista de material à vista, grandes varejistas oferecem parcelamento das compras escolares em até 18 vezes sem juros no cartão próprio, como a rede Extra.

A aposta está nos produtos licenciados com foco nos ídolos Justin Bieber, Restart, Fiuk e nos personagens Ben10, Bakugan, Carros, Barbie e Princesas. A previsão é de que as vendas cresçam 10% em janeiro frente a igual período de 2010.

Na rede especializada em materiais de escritório Kalunga, os valores acima de R$ 100 podem ser pagos em até dez vezes sem juros com cartão da rede, que também oferece 5% de desconto no caso de pagamento à vista. Para os revendedores (pequenos varejistas), os descontos chegam a 8%, conforme o prazo de pagamento.

A companhia não revela a expectativa de venda, mas afirma que o objetivo é ter desempenho melhor quando comparado ao dos anos anteriores. "Fizemos no final de 2010 pesquisa prévia junto às escolas do Estado de São Paulo para conferir as sugestões e necessidades desses usuários", diz o gerente comercial Hoslei Pimenta. Outra ação que pode garantir vantagem aos consumidores é levar os cadernos usados para obter desconto nas compras. Cada quilo do artigo equivale a R$ 1 de crédito.

Quem gastar mais de R$ 300 em compras, na rede de lojas Armarinhos Fernando, poderá parcelar as compras feitas com cartão de crédito em até três vezes sem juros; com o plástico da loja, que pode ser adquirido no momento da compra, pode-se dividir em até quatro vezes sem juros. Nas compras acima de R$ 300 em pagamento à vista o desconto vai até 5%.

Na supermercadista Coop (Cooperativa de Consumo), com matriz em Santo André, a campanha de volta às aulas será iniciada nesta semana. Com o cartão do estabelecimento, o cliente poderá parcelar a compra dos itens escolares em até 12 vezes sem juros.

De acordo com Edson Rodrigues, gerente de compras do setor bazar/eletro da rede, é esperado incremento no faturamento de até 12% em relação ao mesmo período de 2010. "Atualmente muitas pessoas aproveitam as idas diárias aos supermercados para já comprar os materiais. É mais uma facilidade."




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