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Militância do PT de Diadema discute PSB no governo Reali
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
09/03/2010 | 07:18
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Adversário político histórico do PT em Diadema, o PSB na base de sustentação do governo Mário Reali (PT) é o prato principal da discussão com a militância hoje à noite, durante reunião ordinária no diretório do partido. O chefe do Executivo petista deve marcar presença, embora a Prefeitura não tenha confirmado ontem.

Manoel José da Silva, o Adelson, presidente do PSB municipal, assumirá o comando da Secretaria de Segurança Alimentar, oficialmente, dia 15. Em 2004 e 2008, o socialista disputou a Prefeitura como vice de José Augusto da Silva Ramos (PSDB), a pedra no sapato dos petistas na cidade.

Por isso, não é surpresa que o PSB local sofra resistência por parte de alguns petistas, principalmente da ala da Articulação de Esquerda do PT, capitaneada pela vereadora Irene dos Santos. "Somos contrários à entrada do PSB, que nunca foi nosso aliado. Pelo contrário, esteve sempre do lado de nosso principal adversário (José Augusto)", afirmou.

E Irene justifica a resistência. "Teremos uma campanha dura pela frente. Pela primeira vez, o Lula não é candidato a presidente. Por isso, a composição política tem de ser firme. Temos de agir com transparência e clareza", argumentou.

A vereadora ressaltou ainda que o PSB de Diadema, assim como o de São Bernardo, sempre caminhou na oposição ao PT. "A militância tem o direito sim de se posicionar", apontou, praticamente como resposta ao discurso de grande parte da cúpula petista, que existe dentro do diretório municipal a deliberação que todo prefeito do PT eleito tem o direito de escolher o seu secretariado. Nesse caso, não existe qualquer ingerência para votação.

Essa também foi a justificativa de Josemundo Dario Queiroz, o Josa, presidente do PT municipal. "O prefeito tem autonomia para compor o seu secretariado", reforçou, favorável à aliança.

Para o debate de hoje, Josa reforçou que, caso a militância "ache de direito", fará "algumas recomendações" ao prefeito sobre a nova união.

Favorável, o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), é direto: "O prefeito informará amanhã (hoje) sobre a entrada do PSB no governo. Não se trata de discutir e votar se entra ou não entra", alfinetou.

Informado sobre a reunião pela reportagem, Adelson disse que respeita a resistência partidária petista. E admitiu: "No PSB também tem gente ainda contrária a união, mas justifico como crescimento político na cidade". Porém, o futuro secretário de Reali não deixou de dar sua alfinetada: "Foi o PT quem procurou pelo PSB".




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