Além da lembrança de constantes brigas, no tempo de namoro, veio à tona a notícia de que ela estava entrando no sétimo mês de gravidez, fruto desses encontros esporádicos. Segundo a mesma amiga, Margareth só soube que estava grávida depois de quatro meses de gestação. Ela procurou pelo ex-namorado, mas ele exigiu que ela abortasse. Diante da negativa teria sido ameaçada: “Quando completar seis meses passo com o carro em cima de você e da criança”, ele teria dito, segundo revela a amiga. Temerosa, a estudante só saía de casa para o trabalho e para a escola na companhia do irmão.
Cursando Direito, num centro universitário da Zona Leste, Margareth, que residia na rua da Economia, em Vila Matilde, trabalhava no Bradesco. Saía de casa ainda na madrugada, em companhia do irmão Vlademir, conhecido po “JR”, de 21 anos, que também é funcionário do mesmo banco. Na esquina próxima, ambos ficavam esperando uma amiga que os levava de carro até a estação do metrô. Foi ali que o crime aconteceu, às 6h50 de quinta-feira.
“JR” e Margareth viram passar uma motocicleta com dois ocupantes. Fazendo a volta, pouco adiante, a moto retornou. Parou e o homem que estava na garupa tirou o capacete, desceu e foi na direção dele de arma em punho. Pondo-se na frente da irmã, “JR” foi baleado na virilha e caiu. A estudante foi atingida por oito tiros na barriga e um na perna. Morreu ao ser socorrida no Pronto-Socorro de Vila Nhocuné. O irmão está internado na Casa de Saúde de Vila Matilde.
Imediatamente, todas as pessoas relacionadas com Margareth suspeitaram do ex-namorado. Acontece que, depois de um namoro que durou quatro anos, repleto de cenas de ciúmes e alguns afastamentos, há um ano, Margareth e Fernando se separaram. O casal continuou mantendo encontros esporádicos, apesar dele ter um novo relacionamento. O porteiro do prédio em que Fernando reside, no Tatuapé, lembra-se de ter visto Margareth várias vezes entrando ou saindo, nos últimos meses. Segundo uma amiga da estudante, como a nova namorada de Fernando trabalha com turismo, todas as vezes em que ela viajava, a estudante dormia no apartamento dele.
A pressão da imprensa, em especial de programas vespertinos de TV, exibindo a foto do suspeito, fez com que o advogado contratado pelos pais de Fernando, residentes em Alphaville, entrasse em contato com ele no sítio em que estava escondido e o aconselhasse a se apresentar à polícia. Ele estava disposto a aceitar o conselho, mas antes disso a polícia o localizou e pendeu.
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