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Câmara de São Bernardo mira Sabesp e AES Eletropaulo
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
19/05/2011 | 07:20
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Os vereadores de São Bernardo miraram dois alvos na sessão de ontem: A Sabesp e a AES Eletropaulo. Dois requerimentos de informação foram aprovados para que as empresas de água e saneamento e de distribuição de energia elétrica façam explicações formais sobre a qualidade dos serviços prestados atualmente e a demora na manutenção das redes.

Ambos os pedidos de esclarecimentos foram feitos pelo governista Paulo Dias (PT), o que gerou debate politizado com parlamentares da oposição, que cobrou empenho da bancada de apoio ao prefeito Luiz Marinho (PT) para fiscalizar também os serviços municipais.

 "Acompanho o trabalho de Paulo Dias que tem se destacado em plenário pelas críticas a empresas estatais ou concessionárias do governo estadual. Mas gostaria de ver em vossa excelência o mesmo empenho para as coisas relacionadas aos serviços prestados pela Prefeitura. Temos de cobrar as duas esferas do mesmo jeito", enfatizou o oposicionista Admir Ferro (PSDB), para em seguida apontar falhas no sistema de infrações de trânsito da cidade.

 "Não consigo entender como há tanta multa em São Bernardo. Bastou o PT mudar de cidade (perdeu o Paço de Santo André em 2008) para que nosso município virasse o campeão de multas. E onde estão sendo aplicados os recursos arrecadados?", salientou o tucano.

Paulo Dias rebateu. "Agradeço pela promoção da minha pessoa, mas o vereador foi além da matéria que está sendo discutida (requerimento à AES Eletropaulo). Vou pedir as notas taquigráficas para avaliar com cautela, porque várias vezes foram citadas a palavra ‘roubo'".

Tunico Vieira (PMDB), auto-intitulado independente e com pretensões de se candidatar a prefeito, entrou na discussão "para marcar posição". "Não iria falar, mas foram citados outros assuntos. Sobre os radares, se há alguma denúncia, como aparelhos escondidos, por exemplo, tem de formalizar. Esse serviço é prestado desde a gestão anterior (de William Dib - PSDB) e tem de ser feito com boa qualidade e de maneira correta."

O pedido de informações para a Sabesp também foi polêmico. E foi aprovado com emenda de Admir Ferro. "Pediram explicações sobre a manutenção, falta de água nos bairros... Mas qual a parcela de responsabilidade da Prefeitura? A empresa está cumprindo o contrato? Se não, por que não cumpriu? E quais as providências tomadas? Não é só cobrar a Sabesp", frisou o tucano.

 

PROJETOS

Os parlamentares também aprovaram projeto de lei de Tião Mateus (PT) que obriga as funerárias, hospitais, postos de saúde, ambulatórios e demais estabelecimentos de Saúde, públicos e privados, a afixar cartazes informando sobre o DPVAT (seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre).

Indicação de Luiz Francisco da Silva, o Luizinho (PT), para implantação do Castramóvel (veículo com estrutura para realizar cirurgias de castração em animais) também foi avalizada. Agora, a iniciativa depende do prefeito Luiz Marinho (PT).

 

Sessões serão realizadas em teatro no segundo semestre

 

As sessões do Legislativo no segundo semestre serão realizadas no Teatro Cacilda Becker. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Casa, Hiroyuki Minami (PSDB), que pretende iniciar reforma do plenário Tereza Delta e dos antigos gabinetes dos vereadores nos próximos meses.

A revitalização visa adequar o espaço para receber sete parlamentares a mais (no total serão 28) a partir de 2013. Também objetiva melhorar o ambiente de trabalho do setor administrativo da Câmara, "que está em espaço totalmente desconfortável". "Estamos avaliando os custos, mas o serviço seria pago com o repasse que já recebemos da Prefeitura (R$ 54,3 milhões em 2011)", afirmou o tucano.

Minami divulgou outros projetos que pretende colocar em prática em seu mandato à frente do Legislativo, que vai até 31 de dezembro de 2012. Um deles é a veiculação ao vivo nas sessões, mas não por meio de televisão contratada, mas sim pela internet, o que diminuiria os gastos.

O ex-presidente Otávio Manente (que morreu no início do mês passado) pretendia contratar empresa por R$ 4,9 milhões por ano, em quatro horas diárias de programação. Mas a proposta não foi adiante.

O comandante da Casa disse ainda que estão em estudo outros dois projetos. Um trata-se de programa da Câmara de São Bernardo em rádio local e o outro a consolidação das leis para facilitar o trabalho de pesquisa. "São 7.000 leis e 15 mil decretos que formam uma enorme colcha de retalhos", definiu Minami.




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