O objetivo da pesquisa, conforme o GGB, é resgatar a historia da sexualidade brasileira para propor a consolidaçao dos direitos humanos das minorias sexuais. Mostrando que pessoas famosas teriam praticado o homossexualismo, o GGB argumenta ser absurdo o preconceito contra os gays que, em alguns casos, resulta até em assassinatos. Os nomes que compoe a lista sao de pessoas que já morreram e por essa razao o GGB assinala que seus descendentes nao devem se envergonhar ou considerar injuriosa à memória deles, a revelaçao dessa condiçao.
"Esses brasileiros estao no mesmo panteao de glória de Miguel Angelo, Leonardo da Vinci, Shakespeare, Salvador Dali, Pier Paolo Pasolini, Miguel de Cervantes e muitos outros luminares da Humanidade, sobre os quais há indícios de terem praticado o amor que nao ousava dizer o nome, ou de que foram desviantes e heterodoxos em matéria sexual", diz um trecho do texto que apresenta a lista.
Curiosa também é a preocupaçao do GGB em anexar a relaçao das fontes onde foram colhidas as informaçoes sobre a sexualidade dos cem brasileiros. Sobre o 5º governador-geral do Brasil, Diogo Botelho (do século 17) por exemplo, há um processo sobre o assunto, da Inquisiçao resultante da segunda visita do Santo Ofício à Bahia. A "tendência homossexual" de Tiradentes é citada pelo historiador mineiro Márcio Jardim, enquanto o inventor do aviao tem a sua condiçao gay revelada no livro "Santos Dumont: o retrato de uma obsessao", de Wykeham.
Temendo eventuais reaçoes à lista, o GGB alega que a divulgaçao dos nomes está amparada nas garantias concedidas ao cidadao brasileiro pela Constituiçao que proíbe qualquer tipo de discriminaçao, estabelecendo como objetivos fundamentais da República, "a consolidaçao de uma sociedade livre, justa, solidária, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminaçao". A relaçao completa junto com as fontes bibliográficas podem ser consultadas no site do GGB
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