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Empréstimo pessoal fica mais barato
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
15/09/2010 | 07:22
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A taxa média de juros do empréstimo pessoal caiu em setembro em relação a agosto. A taxa mensal passou de 5,44% para 5,35%, segundo pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP. Esta foi a primeira queda desde novembro de 2009. No entanto, a taxa média do cheque especial manteve-se praticamente estável no período - a 9,10%, ao mês. Em agosto, o índice era de 9,099%.

Mesmo assim, os consumidores não devem encarar essa pequena queda na taxa de juros para o empréstimo como tendência de mercado.

"Segundo a própria pesquisa, a ligeira queda não foi suficiente para neutralizar o efeito da retirada dos dois bancos da amostra - Real que foi incorporado pelo Santander e Unibanco, pelo Itaú - já que suas taxas estavam entre as mais altas nessa modalidade", afirma a economista e professora da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Marlene Cardia Laviola.

Ranking - A única alteração na taxa do empréstimo pessoal foi promovida pelo Itaú que elevou sua taxa de 5,98% para 6,02% ao mês, o que significa acréscimo de 0,04 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram no Banco do Brasil (alteração de 7,79% para 7,95% ao mês) e no Itaú (de 8,71% para 8,75% ao mês).

Comparação - Segundo a pesquisa do Procon-SP, a Caixa Econômica Federal é a instituição que oferece as menores taxas de juros para ambas modalidades (empréstimo pessoal - 4,78% -, e cheque especial - 7,15%). O Itaú cobra o percentual mais elevado sobre o empréstimo pessoal (de 6,02%); e o Safra sobre o cheque especial - 12,3% ao mês.

"Como as taxas do cheque especial são mais altas (do que as do empréstimo), a dica para quem está com o limite da conta estourado é pedir empréstimo para cobrí-lo. No fim, o saldo da dívida fica menor", afirma Marlene.

Ela explica que, os percentuais são elevados pois são compostos por três variáveis: pela taxa básica de juros (Selic) - que não teve redução, está em 10,75% ao ano; lucro dos bancos e a inadimplência. "As instituições emprestam dinheiro por um valor muito alto", garante.

A explicação quanto à diferença cobrada entre o cheque especial e o empréstimo pessoal é o risco que a transação oferece. O juro cobrado para empréstimos pessoais é menor pois, geralmente, o saldo devedor é descontado em folha de pagamento ou concedido mediante avalista. "O banco tem certeza de que vai receber o dinheiro. Quanto ao cheque especial, a instituição nunca sabe quando o cliente vai sanar a dívida", argumenta a professora.

Por isso, o consumidor deve ter cautela na sua relação com o crédito, evitando contratações por impulso. Segundo o Procon-SP, em recente pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o endividamento de 12% das famílias brasileiras supera em cinco vezes sua renda familiar.




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