Há quase 13 anos a família de Cassiano Ricardo vem solicitando à direçao da ABL o traslado dos restos mortais que estao no mausoléu da entidade, no RJ. Ele morreu em 14 de janeiro de 1974, aos 79 anos. O poeta, o primeiro imortal do Vale do Paraíba, sempre expressou seu desejo de ser enterrado na terra natal. Além de cartas, comunicados aos familiares, o literato deixou dois poemas falando sobre isso - 'Queixa Antiga' e o 'Ultima Vontade'. Cassiano chegou a comprar, em meados da década de 60, um terreno no cemitério público de Sao José dos Campos.
Na época da morte do poeta, o entao prefeito do município, Sérgio Sobral de Oliveira, se recusou a fazer a transferência do corpo para a cidade. Apesar de o irmao mais novo do poeta, Aristides Ricardo, ter reforçado o pedido em uma longa e emocionada carta remetida ao executivo municipal. "Isto representa o reconhecimento do poeta em sua terra e a recuperaçao de sua memória", afirmou Regina, nesta segunda-feira.
O pedido de remoçao foi formalizado pela família em janeiro deste ano, em carta do filho do poeta, Cassiano Ricardo Filho, e Célia Cecília Ricardo Gianesella, ao presidente da academia, Arnaldo Neskier. O documento foi encaminhado pelo poeta Ledo Ivo, amigo do poeta e que sabia do desejo de Cassiano Ricardo em ser enterrado em sua cidade.
Na época da morte de Cassiano Ricardo, o enterro deixou de ser feito em Sao José dos Campos por interferência da terceira mulher do poeta, que decidiu deixá-lo no mausoléu da ABL. "Ser sepultado no Rio contrariou tanto a vontade do meu avô como de todos seus parentes", afirmou Regina.
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