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Demissão voluntária obteve 350 adesões na Scania
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
16/07/2009 | 07:00
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Com a queda nas exportações, que representam cerca de 70% da produção, a Scania se viu em maus lençóis e teve de readequar seu quadro de funcionários. Segundo informação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, aproximadamente 350 trabalhadores aderiram ao PDV (Programa de Demissão Voluntária). A Scania afirmou que segue monitorando cada mercado que atende e ajustando seus volumes de produção conforme a demanda.

A empresa de São Bernardo, que tinha cerca de 2.900 funcionários não divulgou o balanço oficial de adesões, mas a entidade sindical alegou que com a redução do número de trabalhadores a situação está normalizada.

Não é o que dizem os funcionários. Temendo demissões, eles alegam que a situação de incerteza ainda existe.

Um dos trabalhadores, que preferiu não se identificar, afirmou que a produção anual da Scania deve baixar de cerca de 23 mil unidades em 2008, para apenas 9.000 caminhões este ano.

A montadora, por sua vez, não informou previsão de volume, alegando seguir as regras da Bolsa de Valores de Estocolmo, onde a empresa tem suas ações negociadas.

Mesmo com o quadro de funcionários reduzido, fontes internas afirmam que ainda há excedente de pessoal. "Foram exatamente 337 adesões ao PDV, entre trabalhadores do setor administrativo e do chão de fábrica. Mesmo assim, outros 99 funcionários continuam na berlinda", afirmou um trabalhador que preferiu não se identificar.

Alguns colaboradores entraram novamente em licença remunerada, mas não se trata de um grupo único, como na vez anterior. Tanto a quantidade de pessoas, como o período de afastamento variam conforme a área de trabalho e a maior ou menor ociosidade da função.

Os trabalhadores da montadora afirmam que não há estoque, o que pode significar retomada, mas a Scania se defende alegando que tem por estratégia global nunca produzir sem ter o pedido confirmado por parte dos mercados que atende, independentemente de crise.

"Precisamos ficar atentos para que não haja sobrecarga dos funcionários que ficaram, cerca de 2.400", afirmou um trabalhador.




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