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Mundo da moda impulsiona Luktal
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/09/2006 | 23:04
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A participação da moda brasileira no mercado internacional vai ganhar um reforço. A confecção Luktal, de São Bernardo, avança com passos firmes para fazer suas primeiras exportações, por meio de contatos com potenciais clientes em outros mercados, com a prospecção de tendências no exterior e o ajuste de seus processos e produtos para alcançar esse objetivo.

A Luktal é uma empresa familiar, que nasceu há 18 anos da percepção de dois irmãos, Vera Lúcia e Marco Antonio Ciconello, de que havia bom potencial a ser explorado no segmento de malhas para o público feminino.

Antes de iniciar o empreendimento, ambos eram representantes comerciais. “Sentimos que havia falta do produto e começamos a fabricar para lojinhas e depois para grandes magazines”, disse Vera Lúcia. Ela acrescenta que havia muito da moda básica na área de malharia – das empresas Sulfabril e Hering, por exemplo – no mercado mas não havia modinha, como ela chama a confecção infantil feminina um pouco mais elaborada.

A empresa aos poucos foi crescendo. Ainda é pequena, mas sonha alto. Emprega 30 pessoas – sem contar os empregos indiretos, já que parte do processo é terceirizado – e produz cerca de 80 mil a 100 mil peças por mês (camisetas, blusas, regatas, saias etc) em tecidos como viscose e elenca. Destina grande parte do que produz redes como Riachuelo, Renner, Marisa e Zogbi.

O trabalho exige pesquisa contínua do que está no mundo da moda. A empresária viaja ao exterior duas vezes por ano para conhecer as tendências. O giro pode incluir cidades como Milão (Itália), Paris (França) e Nova York (EUA). A pesquisa vai ainda a detalhes de observar o que vestem os personagens das novelas e procurar saber a opinião das crianças de escolas da região. A companhia também opera com marcas licenciadas Moranguinho, Princesa (da Disney) e Barbie, que sempre têm bom apelo junto ao público mirim feminino.

Planejamento – A meta da Luktal é exportar 30% do volume produzido. A empresa já poderia ter ingressado no mercado externo. Por conta entre outros fatores do câmbio instável, adiou para o ano que vem o início desse projeto. Mas, não há pressa. Para não errar lá fora, a fabricante dá atenção ao planejamento.

Já foram feitos contatos iniciais em Portugal, México e na Guatemala, e a companhia tem participado de rodadas de negócios e feiras internacionais. Há preocupação em se informar sobre normas e padrões internacionais e projeto de treinar os funcionários, que devem receber cursos do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) em controle de qualidade e no processo produtivo.

Segundo a empresária, o objetivo, ao ingressar no mercado externo, é abrir novos horizontes, gerar mais empregos e impulsionar o crescimento das vendas. Ela acrescenta que há obstáculos para crescer, como a concorrência com a China e com empresas que sonegam impostos. “Não é fácil trabalhar de forma séria, como fazemos, mas para nós tem sido graficante”.



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