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United Airlines pede concordata
Do Diário OnLine
09/12/2002 | 14:35
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A United Airlines, segunda maior companhia aérea do mundo, apresentou na manhã desta segunda-feira pedido de concordata em um tribunal de Illinois, nos Estados Unidos. A ação da empresa já era esperada depois da obtenção de um empréstimo no valor de US$ 1,5 bilhão, na noite do último domingo. A quantia, concedida por um grupo de instituições financeiras particulares, era necessária para que a empresa pudesse continuar operando mesmo falida.

Também neste domingo, o sindicato dos pilotos da United fez um apelo aos passageiros para que eles não deixem de voar pela companhia. Segundo informações de funcionários, a United também contratou duas empresas de relações públicas para que elas ajudem a companhia a manter os clientes depois da concordata.

Na última quarta-feira, o governo dos Estados Unidos negou um financiamento no valor de US$ 1,8 bilhão à companhia aérea por considerar que o plano de reestruturação apresentado pela empresa não era sólido do ponto de vista financeiro.

Desde 2000, a United acumula um prejuízo de quase US$ 4 bilhões. As perdas foram agravadas depois dos atentados de 11 de setembro, quando a United teve dois aviões Boeing seqüestrados e usados nos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono.

Após o ataque terrorista, outras empresas do setor aéreo também entraram em crise. A US Airways foi a primeira empresa a pedir proteção judicial para tentar se recuperar da crise, em agosto deste ano.

A United Airlines, que tem cerca de 83 mil funcionários, continuará operando enquanto tenta se reorganizar. Segundo a direção da empresa, o pedido de concordata "facilitará a reestruturação, que tem por objetivo restaurar a saúde financeira da companhia a longo prazo e funcionar normalmente".

A empresa prometeu que, acolhida sob a lei de proteção de falências, respeitará seus compromissos com os clientes enquanto ajusta seus custos e aplica um plano de negócios para tentar voltar a ser rentável novamente. A United ressaltou que pretende sair da proteção da lei de falências nos próximos 18 meses.

Nas últimas semanas, a companhia havia congelado os salários de sua equipe gerencial e pedido para que seus funcionários concordassem com uma redução de salário. Pilotos, comissários de bordo e mecânicos aceitaram a medida com a finalidade de salvar a empresa.

A falência da United Airlines é a maior da aviação civil americana, superando as da Continental, Pan Am e TWA. A United opera cerca de 1,7 mil vôos diários, o que representa cerca de 20% do total de vôos dentro dos Estados Unidos.




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