O Papa Joao Paulo II recebeu nesta quinta-feira o monsenhor Hammar, com quem tinha agendado uma primeira reuniao em outubro do ano passado que teve que ser adiada devido às posiçoes do arcebispo sueco em relaçao aos homossexuais.
O Vaticano nao deu nenhuma informaçao sobre a reuniao, de caráter privado, apesar da visita de Hammar acontecer no início do diálogo oficial entre católicos e luteranos e ser uma iniciativa do Conselho Pontifício para a Promoçao da Unidade entre Cristaos.
Por seu lado, Hammar afirmou que durante a reuniao com o Papa, entregou-lhe um documento de 10 páginas assinado pelo sínodo luterano.
As diferenças em relaçao à eucaristia sao as mais difíceis de serem superadas, inclusive alguns pontos relativos à moral, como a contracepçao e o divórcio, continuam sendo mais importantes, ressaltou.
O arcebispo luterano, de 55 anos, casado e pai de cinco filhos, preside o Conselho Cristao da Suécia, principal órgao ecumênico das igrejas cristas de seu país, incluindo a Católica, e tem defendido sempre os casais homossexuais, inclusive dentro do clero, acreditando que é dever da Igreja acolher a comunidade homossexual.
Em outubro passado, declarou numa entrevista que a ``homossexualidade é uma questao importante para a Igreja'.
Também permitiu que fosse realizado na catedral de Uppsala uma exposiçao de fotos entitulada ``Ecce homo', na qual, entre outras, estava exposta uma ``Ultima Ceia' com um Cristo calçado com sapatos de salto alto, rodeado por doze apóstolos travestidos.
``Proibir a exposiçao significaria enviar uma mensagem aos homossexuais informando-lhes que estao excluídos da Igreja', explicou.
Na raiz da polêmica desencadeada na Suécia por essa exposiçao, o Vaticano decidiu adiar o encontro previsto entre o Papa e o arcebispo.
As fotografias deverao ser expostas em Roma no ano que vem durante uma reuniao de homossexuais por iniciativa da associaçao ``Mário Mieli', informou Imma Battaglia, apesar de ter ressaltado que até agora nao encontrou uma sala de exposiçoes para a mesma.
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