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Para que serve a tromba do elefante?
Nayara Fernandes
Especial para o Diário
19/09/2010 | 07:13
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Da AFP


Ian Rocha Cândido, 9 anos, de São Bernardo, acredita que a tromba serve para o elefante se alimentar, beber água e tomar banho. "Usa para pegar a comida e colocar na boca", diz. Para o menino, o órgão tem ainda outra utilidade: "Quando está bravo, deve dar umas trombadas para se defender."

O elefante usa a tromba para respirar, pegar alimentos, cheirar, fazer carinho e sugar água. O mamífero não bebe diretamente pelo órgão; usa-o apenas para chupar o líquido e depois jogá-lo dentro da boca ou no corpo, para se refrescar.

A tromba - também chamada de probóscide - é o nariz prolongado unido ao lábio superior. No elefante, é um tubo longo, com 2 m de comprimento, e flexível, formado por mais de 40 mil músculos. Pesa cerca de 140 kg e não tem osso.

Por meio dela, o bicho também consegue coçar os olhos e pegar objetos no chão e no alto de árvores. Para isso, conta com a ajuda da ponta da tromba, que se movimenta como dedos. Ainda usa o órgão para jogar areia ou terra nas costas e, assim, espantar moscas e outros insetos que pousam sobre ele.

Outra função importante é farejar, o que faz do olfato do elefante um dos melhores da natureza. Pode sentir o cheiro de outros animais e da chuva a muitos quilômetros de distância.

No entanto, controlar a tromba não é fácil. Os filhotes podem até pisar nela sem querer. Aprendem a dominá-la aos poucos, observando os pais. Quando são pequenos, abaixam-se nos rios para beber água diretamente com a boca. Começam a sugar o líquido com o órgão após completarem 1 ano.

Especialistas acreditam que há 30 milhões de anos, o ancestral do elefante vivia no meio aquático e usava a tromba como tubo para respirar. Até hoje, quando o animal precisa atravessar regiões com muita água a usa com essa finalidade.

Diferentes - O elefante é o animal terrestre mais pesado e forte que existe. É até capaz de derrubar árvores. Existem duas espécies: o asiático e o africano. Têm cabeça, orelhas e a ponta da tromba diferentes. O africano é o maior; pode pesar mais de 7.000 kg e medir 4 m de altura. Já o indiano chega a 3 m e 5.000 kg.

O bicho come, em média, 150 kg de folhas, frutas e ervas, por dia. Bebe até 100 litros de água. A fêmea vive em bando de 10 a 15 animais. A elefanta mais velha lidera o grupo.

Em geral, o macho fica isolado e só procura as fêmeas na época da reprodução. A gestação dura de 20 a 22 meses e cada uma pode gerar um filhote que mama até os dois anos. O elefante vive cerca de 50 anos. Pode morrer quando os dentes molares caem, pois fica impedido de se alimentar. (Consultoria do biólogo Guilherme Domenichelli)

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A tromba pode armazenar até seis litros de água. Com ela, o elefante pega desde grãos de arroz no chão a pesados troncos de árvores.

Quando sente que está em perigo, o bicho levanta a tromba para farejar de onde vem a ameaça. O órgão também é usado para atacar. Batê-lo no chão é sinal de que está nervoso.

t No elefante, os pelos da tromba são poucos e bem pequenos. Serve para sentir se está frio ou calor e se há algo perto ou longe.

O mamífero se comunica por meio de sons que o homem não escuta. Esse tipo de ruído pode viajar por longas distâncias. Pesquisas mostraram que elefantes africanos respondem aos chamados de outros animais que estão a 4 km de distância.

A anta, maior mamífero terrestre brasileiro, é o único animal que tem focinho semelhante a tromba do elefante. O órgão também une o nariz ao lábio superior. Serve para captar odores e perceber o ambiente em que se encontra. Tanto que um dos melhores sentidos do bicho é o olfato. No mundo, existem quatro espécies de anta. Três delas vivem em países das Américas do Sul e Central. A brasileira pode ser encontrada em todo o País.

O elefante é muito inteligente e lembra o que aprende. Por isso, surgiu a expressão ‘memória de elefante'. Existe uma lenda sobre um alfaiate indiano que enfiou uma agulha na tromba do bicho. Tempos depois, quando o animal reencontrou o homem, encheu a tromba de água e despejou tudo sobre ele, provando a boa memória. Estudo da Universidade norte-americana de Emory, feita com três elefantes asiáticos, comprovou que conseguem reconhecer a própria imagem na frente do espelho.




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