A declaraçao foi feita depois que a estudante afirmou nao se preocupar com a disciplina do professor pelo fato de já ter obtido notas boas. O professor de Economia foi afastado nesta semana da universidade depois que a aluna registrou queixa no 9º Distrito Policial. A universidade também abriu inquérito administrativo e, se confirmado crime racial, o professor será demitido por justa causa, segundo o coordenador do curso de Comunicaçao Social, José Nacherelner Júnior.
Camila arrolou três testemunhas no caso, seus colegas de curso, que serao ouvidas a partir da semana que vem, segundo o delegado Marcus Michelotto. Em seguida, o professor dará o seu depoimento. Ele nao está dando entrevistas. Uma das testemunhas, o estudante Arold Glomb, 20 anos, conta que professor fez as ofensas em ``tom preconceituoso'. O crime de preconceito de raça ou de cor, conforme lei 9.459, de 13 de maio de 97, prevê de um a três anos de detençao.
``O professor foi jocoso e humilhou a moça em público', afirma o advogado da estudante, André Luiz Nunes da Silva. Segundo ele, os colegas de turma confirmam que Welheim também tratava Camila de forma ``diferenciada e com muita formalidade' pelo fato de ela ser negra. ``Ele quis mostrar que ela deve ficar no canto da sala, pois para o negro ainda nao existe liberdade de expressao', afirma o advogado, que é também militante do Movimento Negro de Curitiba.
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